“Leonel”Ah, mas eu estava me divertindo tanto com a Irina. Aquela puta safada! Mas a vadia ainda tinha força de sair para encontrar o amante. Eu precisava pensar em umas brincadeiras mais divertidas e que apagassem de vez o fogo no rabo daquela piranha.Olhei para o relógio no meu pulso e eu sabia que já estava quase na hora da meretriz tentar sair e eu estava adorando o nosso joguinho de gato e rato, cada dia eu a deixava chegar um pouquinho mais longe e então eu aparecia e a fazia voltar. É, até que esse tempo longe da empresa estava sendo muito divertido.- Senhor, o Sr. Eustáquio está aí e deseja vê-lo. – A governanta apareceu. Mas era uma péssima hora para o Eustáquio estar por aqui, eu não podia perder a Irina de vista.- Mande entrar. – Eu bufei. Era melhor atendê-lo logo.Quando ele entrou eu fechei a porta, mas não perdi tempo com amenidades.- Fala logo, eu estou com pressa. – Eu o apressei.- O senhor mandou ficar de olho na Srta. Anabel. Ela está morando na cobertura de u
“Ilana”Como eu pude ser tão idiota! O Isidoro tinha me passado a perna e agora estava fazendo comigo o que bem entendia. Ele não conseguiu impedir que o Vladimir me entregasse e ainda estava me chantageando, ameaçando colocar a história todinha no colo do velho se eu não fizesse tudo o que ele queria. E pior, quando a história do nerd chegasse ao ouvido do velho eu estava ferrada! Eu precisava dar um jeito de me livrar do Isidoro. Talvez eu pudesse me livrar dele e jogar a culpa na Anabel. Eu precisava pensar em uma solução.E pra piorar, além de lidar com os meus problemas, a minha mãe ainda achava que eu tinha que ajudar com os dela. Eu não sei o que deu na cabeça dela para me mandar essa mensagem, me mandando ir até a casa do amante dela e explicar que ela não poderia ir encontrá-lo. Mas ela mandou um “eu pago” no final da mensagem que me convenceu.Eu estacionei e desci do carro, toquei o interfone e esperei.- Quem é? – A voz masculina e brusca me assustou.- A Irina me mandou.
“Anabel”A semana havia passado muito depressa depois que eu voltei a trabalhar, eu estava adorando o escritório, via as garotas todos os dias e me sentia parte do grupo. Mas eu também estava ansiosa por tudo o que eu estava esperando acontecer, o resultado do DNA, a mudança para a casa nova, o desfecho das investigações que o Flávio e a Melissa estavam fazendo. Eu sentia como se tudo estivesse indo lento demais e o Rick dizia que era apenas a minha ansiedade, que eu precisava me acalmar.- Bom dia, moça bonita! É manhã de sábado, porque você não está na cama comigo? – O Rick me abraçou por trás e deu um beijo no meu pescoço que fez eu me arrepender de ter saído da cama tão cedo.Eu havia acordado muito cedo e não consegui voltar a dormir, então saí da cama e fui para a cozinha, eu estava sentada no balcão, olhando para o nada, com uma xícara de café nas mãos e os meus pensamentos desorganizados, quando ele chegou.- Nós podemos voltar para a cama. – Eu sugeri e ele sorriu.- É, podem
“Ricardo”Eu não estava muito confortável com a saída da Anabel, mas ela não era uma prisioneira e eu não tinha o direito de tirar dela o prazer de se divertir com as amigas. Então eu fiz a única coisa que poderia, pedi para que ela tivesse cuidado e dei ordens aos seguranças para ficarem colados nela.A nossa casa de fato havia se tornado uma fortaleza, com sistema de vigilância que não deixava nem mesmo um mínimo ponto cego na área externa, guarita com seguranças vinte e quatro horas, seguranças em pontos estratégicos em todos os pontos do muro, cerca eletrificada, alarmes, tudo o que um sistema de segurança eficiente requer. Seria impossível entrar ali às escondidas. Isso me tranquilizou e aí eu fui para a casa do patrício.- Ah, olha o tio Rick aí, Marisol! – O Patrício me recebeu com a filha nos braços.Ela deu um sorrisinho fofo em minha direção e agarrou o pescoço do pai. Era uma menininha tão linda, com aqueles grandes olhos negros e o cabelinho cacheado, a pele num tom café c
“Anabel”A loja de decoração em que fomos era linda e eu estava empolgada com tantas opções. A Sam me ajudou a definir uma paleta de cores à partir do terracota, com muito marrom, chocolate e verde oliva pincelados pelos adornos da casa.Eu havia me encantado completamente por uma enorme mesa de madeira maciça, com o tampo em uma madeira clara e brilhante que tinha pelo menos uns quinze centímetro de espessura. Ela tinha pés entalhados com flores e estava cercada por trinta cadeiras de madeira que se diferenciavam pelo padrão dos encostos, cada uma com a sua própria personalidade, não havia nem uma igual a outra.E enquanto as garotas se distraíram discutindo sobre os melhores sofás para combinar com a casa, eu voltei àquela mesa gigante e fiquei imaginando uma família enorme sentada ao redor dela, compartilhando uma refeição quente e muito afeto. Não haveria discussão, eu queria aquela mesa e queria a família grande e amorosa que eu sempre sonhei em volta dela.Mas, de repente, uma m
“Ilana”Depois de pensar muito, eu já sabia o que precisava fazer, o Isidoro me deu a motivação de que eu precisava e eu me livraria de dois problemas de uma vez só. Eu já tinha tudo sob controle, a única coisa que faltava era um novo hacker para me ajudar a jogar os vídeos na rede sem que ninguém descobrisse que fui eu. Talvez a Viviane conhecesse alguém.- Ilana? Menina, o que você está fazendo aqui? Entra! – A Viviane ficou surpresa ao abrir a porta e me ver ali, de pé na porta da sua casa, pois nós sempre tomávamos muito cuidado para não sermos vistas juntas.- Que merda você fez no seu cabelo? – Eu perguntei ao ver o tom de rosa naquele cabelo Chanel quase na altura das orelhas e com uma franja no meio da testa.- Ai, você gostou? Moderno, né! Meu sugar daddy adorou! – A Viviane virou a cabeça de um lado para o outro exibindo aquilo.- Não, eu não gostei não! Isso não se parece em nada com o cabelo da Anabel. – Eu reclamei, isso seria um problema.- Ai, mas pra quê eu vou ficar c
“Ricardo”Eu estava na casa do Patrício, reunido com os meus amigos e os pais quando as garotas chegaram, muito animadas e contando de todas as coisas que já tinham comprado na tal loja em que foram.- Não aconteceu nada de incomum durante esse passeio, moça bonita? Nada com o que eu precise me preocupar? – Eu perguntei para a Ana, eu estava preocupado com o tal utilitário que o Douglas havia visto, mas eu notei a troca de olhares dela com a Melissa.- Nadinha, meu coração! O mais incomum foi a quantidade absurda de dinheiro que eu gastei em uma mesa, mas, Rick, ela é perfeita! – A Anabel respondeu alegremente, mas algo me dizia que eu deveria falar com os seguranças.- E você, Flávio, não tem nada pra contar pra gente não? – A Melissa logo chamou a atenção de todos para o Flávio.- Você sabe que eu tenho, maluca! – O Flávio sorriu pra ela. – Nós pegamos o hacker que repostava os vídeos da Anabel na rede.- Não acredito! Vocês conseguiram? Esses vídeos vão parar de aparecer? – A Anabe
“Melissa”Eu parei em frente a porta da casa e toquei a campainha. Era uma casinha antiga, dessas que têm o muro baixo e o portão nunca fica trancado. Era bem simpática até. A tal Viviane abriu a porta, parecia pronta para sair, mas quando me viu parada ali, parecia que tinha visto uma assombração.- Você? – Ela perguntou surpresa, como se me conhecesse.- Você sabe quem eu sou? – Eu estreitei os meus olhos.- Quem é que frequenta aquele Clube Social e não sabe, Melissa Lascuran? – Ela perguntou e eu sorri.- Ah, então você conhece a minha reputação. Que fofa! – Eu dei um sorriso falso pra ela.- É, dizem que você é meio estourada. – Ela me encarou.- Minha filha, estourada é a pipoca, eu sou doida varrida mesmo! – Eu a empurrei para sair da minha frente e entrei na casa. – Agora vamos nos sentar que eu vou te deixar escolher se você quer ser minha amiga ou se você quer ser a desfigurada do momento.- Você está me ameaçando? Na minha própria casa? – Ela começou a elevar a voz.- Não,