Bem-vinda ao meu mundo, Isabella.
Não sei se me sinto aliviada por estar em casa, mas algo ficou suspenso nas entrelinhas, algo que agora me perturba profundamente.
O caminho de volta foi tenso. Assim que chegamos, me desvencilho dele e corro para o meu quarto, tentando recuperar o controle das minhas emoções. Mas não demora muito: a porta se abre de supetão, e eu ofego.
Raed está ali, parado, sua expressão ardente me desarma por completo.
— O que você está fazendo? — Minha voz sai trêmula.
Ele avança, e eu fico estática diante daquela energia que parece me prender no lugar.
— Cansei de ser o cordeiro — diz, com uma intensidade que desconheço. — Cansei de fazer tudo certo e, mesmo assim, ser visto como o lobo. Se é para ser o lobo, então serei. E não vou mais controlar o que sinto!
Eu pisco, surpresa. Quem é esse homem?
— Não lute contra isso, Isabella — sua voz é grave, quase rude, mas carregada de emoção. — Eu sei que você está lutando. Mas não adianta. Você não é um sacrifício.
Minhas palavras morrem antes de alcan