Consigo ouvir toda a conversa.
Coloco a mamadeira vazia na mesa e me levanto com ela no colo.
—Você gosta de ver os pavões, não é? —Digo, sorrindo, fazendo cócegas na sua barriga.
Catarina gargalha.
—Cuidado, ela acabou de mamar. —Natália me avisa.
Sim, ela tem razão. Não quero ser banhado com leite azedo.
Sorrindo dou um beijo nas bochechas rosadas da minha filha e procuro Natália com os olhos.
—Pensei em comprar um cachorro, o que acha?
—Comprar? Tem tantos cães nesses abrigos. Deve ter algum animal dócil para agregar à família.
Sinto meu coração se agitar com suas palavras. Eu nunca poderia imaginar que conheceria alguém como ela... as falas dela simplesmente me fazem estremecer de prazer, gosto disso nela, sua sensibilidade.
Família...outra palavra que ela disse que mexeu comigo. Quando penso nela a imagem de nós quatro juntos me vêm. Eu, Natália, Catarina andando num local aberto, todo gramado e o animal correndo ao nosso redor.
Sorrio com esses pensamentos e digo:
—Você iria comigo escolher um?
Ela acena com