(Esmen)
— Acho que deveríamos voltar. — Quebrou o silêncio que pouco se instalou, com a voz rouca.
Ficando na ponta dos pés, deslizei uma mão para cima de seu ombro esquerdo, enquanto a outra procurou apoio na estante atrás de mim.
“Ou será neste momento ou nunca será.”
Alcancei seus lábios, devagar, apreciando a maciez da carne. Tauron me permitiu explorar cada canto deles por poucos minutos, então correspondeu de forma mais intensa, me empurrando contra a estante.
Eu poderia morrer sem ar agora, que ainda assim estaria feliz, pois aquilo era a minha resposta, era uma declaração de que eu havia conseguido um lugar em seu coração.
Dando-me um momento para respirar, Tauron tinha os olhos fixos em mim, captando cada nuance da minha expressão. Evitei desviar o olhar, preferindo ficar presa naquele azul intenso que parecia sondar sua alma.
“Eu estava mesmo a ponto de tocar nas nuvens?” Seus beijos nunca foram ruins, mas dessa vez, ele conseguiu superar qualquer um dos anteriores.