(Gideon)
— Abstende-vos de pronunciar o nome dela.
Suas mãos fechadas em punho, seu olhar, sua rigidez, sua pronúncia diferente. Tudo indicava o sentimento sobrepondo os demais.
“Ele tem ciúmes?” apertei o caderno aberto, mas não deixaria assim.
Levei para perto do rosto e inalei o aroma que vinha das folhas abertas.
— Sentiu o mesmo? O cheiro que a pele dela carrega? — Tauron pisou duro se aproximando, me acertou o rosto.
Eu caí gargalhando dele. Doía, o corpo e a alma doía muito, mesmo assim, era a única maneira de acertá-lo.
— Por acaso desejais a morte neste instante?
Me forcei a levantar, o encarando de baixo, parei de gargalhar.
— Meu desejo não será realizado. Eu quero apenas expor seu belo fantasma do amor cego.
Tauron não tremeu, ou, balançou, ele parecia ter conseguido controlar seus sentimentos quanto a ser enganado, assim que leu o caderno.
— Se não quer sentar, não precisa. — digo limpando o sangue da boca.
— Explique como planejaram tudo isso! — ordenou.
— E