Jenna
Eu o abracei com força. O peito dele contra o meu. O cheiro. O calor. O alívio de ouvir finalmente o que meu coração tanto queria.
Aquelas palavras…
"Quer se casar comigo?"
Por um segundo, tudo parou.
Eu era aquela garotinha invisível que finalmente foi escolhida. Aquela que, por uma fração de tempo, se sentiu inteira.
“Sim.” sussurrei, com lágrimas nos olhos. “Mil vezes, sim.”
E ele me abraçou de volta. Firme. Quente. Meu.
Capítulo duplo gente... não consegui fazer na visão de um só :'(JennaCorri.Corri com o peito em chamas, os olhos embaçados, o gosto amargo de um fim que eu não queria ter vivido.Não sei como cheguei ao quarto. Não lembro se fechei a porta, se alguém me viu. Só sei que quando me dei conta, estava jogada contra a parede, os joelhos fracos demais pra me sustentar.O tapa ainda ardia na minha mão.Mas não era isso que doía.Era
NuriaO som da porta se fechando atrás de Stefanos ainda ecoava na minha mente, como se o silêncio depois dele fosse mais alto que qualquer explosão."Ele e Rylan reorganizaram toda a alcateia assim que receberam a mensagem de Mark. Havia urgência nos gestos, decisão no tom de voz. Stefanos sabia que era agora ou nunca. Me olhou nos olhos e disse que eu precisava ficar em segurança. Que voltaria assim que a missão estivesse cumprida. Mas eu conhecia aquele olhar… o mesmo que um lobo lança antes de mergulhar no inferno. Um olhar que não promete retorno. Um olhar de quem vai mesmo sem saber se volta.Desde então, a casa parecia grande demais.
Música do capítulo: "Epic Classical Music | Heavy, Fast & Loud" – Halidon Music (está na playlist)StefanosO cheiro de sangue antigo impregnava o ar.Cinzas ainda dançavam no céu, mesmo com a madrugada se dissolvendo no horizonte.A primeira alcateia traidora jazia em ruínas, não pelos nossos ataques, mas pela própria escolha de se aliar à podridão.Eles venderam suas companheiras por poder.Se tornaram cães do Supremo. Escória nas mãos de Solon.Agora, seriam lembrados... como exemplo do que acontece com traidores.&
NuriaDez dias.Já tinham se passadodez longos diasdesde que Stefanos e Rylan partiram. E, a cada amanhecer, minha alma parecia mais inquieta.A alcateia estava sob um esquema rígido de segurança, com rondas dobradas e sensores reforçados, mas… meu coração não estava tranquilo. Porque não era apenas a ausência dele que me corroía, era a certeza de que, a cada vez que dizia "está tudo bem, Ruína", ele estava mentindo.Falávamos todos os dias. Por mensagens curtas, chamadas com imagem estática ou só áudio. E mesmo quando sua
StefanosChegar ao acampamento deveria ser sinônimo de estratégia, não de presságio.Mas algo estava errado.O cheiro do sangue seco sob meus dedos ainda não tinha sido lavado da última batalha, mas o gosto amargo que subiu pela garganta… foi outro. Aquilo não era o cansaço da guerra. Era algo diferente. Quase instintivo.Como se o mundo estivesse prestes a cair sobre minha cabeça e meu lobo soubesse disso antes de mim.O vento cortava o ar com um sussurro agourento. Não era só o campo que estava em silêncio. Era como se até a terra segurasse a
NuriaFazia frio. Um frio que não vinha do ar, mas das paredes limpas demais daquele lugar.A cela era grande, iluminada artificialmente, com cama limpa, banheiro privativo e uma bandeja com comida que parecia saída de um restaurante de luxo.Mas ainda era uma cela.A maçaneta não girava. A janela não abria. E a liberdade… essa estava trancada junto comigo.Não toquei na comida. Nem água bebi. Sabia como o Supremo jogava. Às vezes, a arma era mais sutil que uma corrente.E eu me recusava a facilitar o trabalho dele.
Jenna"Todos para o subsolo! Agora!"Minha voz ecoou pelos corredores da mansão, misturada ao som de passos apressados, portas sendo fechadas, móveis sendo arrastados. O medo tinha cheiro, tinha forma, e agora… tomava conta de todos nós."Mas, Jenna, o que está acontecendo?" uma das cozinheiras perguntou, trêmula, agarrada ao avental como se fosse escudo."Ordens do Alfa!" respondi, irritada. "Só obedeça, por favor. Vão para os túneis. Agora."Eles me olhavam em pânico. Queriam respostas. Mas eu não tinha nenhuma que pudesse aliviar aquilo. Porque a &uacut
StefanosO silêncio naquela alcateia não era normal.Era o tipo de silêncio que vem antes da guerra.Ou depois da traição.Do alto da colina, observei os telhados alinhados da cidade do Supremo, os postes apagados, as ruas vazias demais. Nem uma alma ousava andar por ali."Estão com medo", murmurei, quase sorrindo. "Como deveriam."Atrás de mim, meu pelotão se posicionava. Lobos treinados. Implacáveis. Leais. E principalmente, letais.A voz de Rylan soou pelo rádio no meu ouvido.