Íris tinha o pressentimento de que poderia ser Ângelo ligando, já que o identificador mostrava Cidade M.
Ela pensou em ignorar, mas o telefone não parava de tocar e Patrícia a olhava com um olhar suave, sinalizando para que atendesse.
Para não parecer culpada, Íris foi obrigada a fingir calma e apertou o botão para atender.
- Você finalmente decidiu atender o telefone!
Do outro lado da linha, a voz fria de Ângelo era exatamente como nos pesadelos, fazendo Íris estremecer e então fingir ignorância:
- O quê, da seguradora? Desculpe, não estou interessada em seguros, tchau, tchau!
- Íris, eu quero ver você tentar me desligar, você...!
A voz enfurecida de Ângelo foi cortada abruptamente.
- Esse número deve ter sido vendido, só recebo ligações de seguros, empréstimos e coisas do tipo, é um inferno.
Íris explicava calmamente para Patrícia enquanto bloqueava o número com habilidade.
Mas logo um novo número ligava, e, após ser bloqueado, outro ligava, forçando Íris a usar a desculpa de "ir ao