- Íris, vamos nos divorciar! - A voz de Ângelo veio de trás quando Íris Monteiro estava fritando um bife.
O óleo quente estalou em seu rosto, mas ela mal sentiu a dor.
- Entre nós, só temos o título de marido e mulher, não existe amor de verdade. Agora que os quatro anos de prazo se passaram, é hora de acabar com isso. - A voz do homem era fria e distante.
Íris mordeu os lábios.
Este dia finalmente chegou...
Quatro anos atrás, a família Monteiro faliu, os pais de Íris não conseguiram lidar com a pressão e se suicidaram, deixando um monte de problemas para ela enfrentar sozinha.
O avô de Íris e o avô de Ângelo foram companheiros no exército, e o avô de Íris salvou a vida do avô de Ângelo no campo de batalha.
Em seus últimos momentos, o avô de Íris ainda estava preocupado com sua neta e confiou Íris ao avô de Ângelo.
Assim, surgiu esse casamento que só existia no nome.
No entanto, em algum momento, ela ultrapassou os limites nesse casamento de fachada e entregou completamente o seu coração.
Ela pensava que ainda havia tempo, que se desempenhasse bem o papel de esposa, um dia ele a amaria de verdade.
Mas, em vez disso, recebeu o pedido de divórcio!
- Vou te dar quatrocentos milhões mais um apartamento de luxo no Bairro da Praia Longa como compensação. Este é o acordo de divórcio. Se não houver objeções, assine. – Disse Ângelo, entregando friamente um monte de documentos para Íris, com uma expressão impassível, como se estivesse fechando um negócio.
Íris pegou o acordo e olhou para as sequências de números.
Quatro anos, quatrocentos milhões.
A família Dellamonica ainda era rica e generosa como sempre.
- É realmente necessário o divórcio? – Perguntou Íris, fechando o acordo e olhando para o homem à sua frente.
Este homem que ela amou por quatro anos tinha um rosto extremamente bonito, uma figura alta e sempre tão sério, contido, como uma flor rara e inacessível.
- É. - Respondeu Ângelo com uma voz fria e sem hesitação.
O coração dela sentiu pontadas de dor.
Mas Íris nunca foi do tipo que se lamentava.
Já que depois de tanto esforço, ela ainda saiutotalmente derrotada, era hora de dar meia-volta.
Bem, quatro anos de casamento por quatrocentos milhões, valia a pena em todos os sentidos!
- Está bem, eu concordo. - Disse ela, pegando uma caneta e assinando o acordo com firmeza.
Ângelo ficou um pouco surpreso.
Na memória dele, essa mulher sempre foi suave e indecisa, como um coelhinho frágil sem nenhuma habilidade de sobrevivência.
Agora, ela parecia bastante despreocupada.
De alguma forma, isso o incomodou.
- Vou te informar a data do registro. Se puder, é melhor você se mudar esta noite. - Disse Ângelo friamente e, ignorando seu desconforto interior, saiu da mansão.
Era óbvio que ele não estava ali para discutir o divórcio com Íris, apenas para a informar.
Naquela noite, os empregados que sempre tratavam Íris com desdém tiveram uma atitude ainda mais arrogante quando descobriram que ela estava sendo forçada a se divorciar.
Eles simplesmente jogaram suas malas para fora da mansão, zombando:
- Você foi como uma parasita da família Dellamonica por quatro anos e agora finalmente foi expulsa, merece mesmo isso!
Nessa noite fria, Íris se agachou no chão para pegar suas roupas espalhadas, em um estado deplorável.
Nesse momento, ela ouviu o som de um carro estacionando atrás dela. Uma mulher alta saiu do carro.
A empregada que estava gritando com Íris agora se apressava em ajudar a mulher a carregar suas malas e a bajular ela:
- Srta. Gisele, você finalmente chegou. Foi um longo caminho de carro até aqui, deve estar cansada, certo?
Gisele Ramos ergueu o queixo e nem mesmo olhou para outrem, dizendo:
- Tenham cuidado, minhas coisas são muito caras. Se vocês quebrarem elas, não vão poder pagar.
Íris congelou instantaneamente, entendendo tudo.