Vilma andava de um lado para o outro no jardim dos fundos, inquieta. Era a primeira vez em sua vida que fazia algo assim, e não era surpresa que estivesse nervosa — sua coragem nunca fora das melhores.
Ela entrou na mansão, ainda tensa, quando, de repente, seu coração quase parou. Charles, que não aparecia havia um tempo, estava entrando pela porta!
— Sr. Charles... Sr. Charles! — Vilma correu até ele, o rosto pálido e coberto de suor, bloqueando seu caminho.
Ela trabalhava como empregada naquela casa há anos e nunca tivera a ousadia de falar diretamente com ele. Não sabia de onde veio a coragem para fazer aquilo agora.
Charles franziu levemente as sobrancelhas.
— O que foi?
— Eu... Eu... O senhor... — Vilma odiou a si mesma por gaguejar justo naquele momento crucial.
— Fale devagar. — Charles a olhou com uma paciência que não parecia típica dele, mas que havia ganhado desde que Olívia começara a suavizar seu jeito duro. Ele estava muito mais acessível do que antes.
Vilma mordeu o lábi