Como uma sombra que ele podia facilmente descartar, Ivana ficou atordoada, ajoelhada no chão, esquecendo-se até de levantar-se. A presença de Olívia tornava qualquer comparação devastadora, revelando-a como uma verdadeira tola.
— Srta. Olívia, deseja algo? — Charles perguntou, a voz rouca e os olhos profundos fixos nela.
— Sim. Podemos conversar em particular? — Olívia respondeu, seus olhos serenos, mas sua voz firme o suficiente para que todos ao redor ouvissem.
Charles não hesitou:
— Claro.
Sob o olhar de todos, os dois se afastaram juntos, deixando atrás de si um murmúrio de surpresa e admiração. Eles eram como um casal de cinema, perfeitos demais para serem reais.
...
No jardim dos fundos do hotel, o vento frio da noite agitava os longos cabelos negros de Olívia, criando uma imagem que mais parecia uma pintura deslumbrante.
Eles permaneceram em silêncio, como se houvesse muito a ser dito, mas nada precisasse ser falado. Era uma sintonia dolorosa, feita de silêncio e saudade.
— Nã