— Mas a lei diz que não se pode dirigir falando ao telefone, nem usando salto alto. — Pietro continuou.
Dora, usando saltos altos, mexeu os dedos dos pés pálidos, mostrando um pouco de culpa.
— Mas... Mas você fez a curva passando por cima da linha contínua, a culpa é toda sua!
— Se a culpa é minha ou não, quem decide é o policial. Mas agora não tenho tempo para isso, se quiser, você pode chamar. — Pietro disse, tirando uma carteira do bolso e pegando um cartão de visitas. — Aqui está meu telefone e o endereço da minha empresa. Depois que resolver tudo, me avise. Faça o que precisar ser feito.
— Que atitude é essa! Deixar toda essa bagunça para mim e sair? Eu também tenho pressa! — Dora ficou indignada com a atitude autoritária e irresponsável de Pietro, jogando o cartão de volta nele. — Quem você pensa que está enganando com esse cartão? Quem me garante que você não é um golpista bem vestido?
— Golpista? Hahaha... — Pietro riu, aborrecido e divertido ao mesmo tempo, achando a mulher c