Gabriel olhou para Olívia uma última vez, com um olhar profundo e cheio de significados. Sem se virar novamente, ele atravessou os portões da Villa Werland e partiu.
Ao mesmo tempo, no andar de cima, onde ninguém prestava atenção, Gilbert estava parado junto à grade do corrimão. Seu corpo alto e imponente permanecia rígido, enquanto suas mãos, agarradas ao metal frio, mostravam veias saltadas de tanto esforço.
Ele observava o vulto de Gabriel se afastando, e a dor que apertava seu peito parecia se espalhar silenciosamente por todo o seu ser.
Do lado de fora, assim que cruzou o portão, Fábio não conseguiu mais conter a raiva. Ele cuspiu com força no chão, expelindo uma mistura de saliva e sangue. A intensidade dos tapas de Olívia havia deixado sua marca, tanto no corpo quanto no orgulho.
Gabriel viu a cena e não conseguiu evitar. Um sorriso discreto surgiu no canto de seus lábios. Mas Fábio, atento, percebeu e o encarou com ódio, os dentes cerrados de tanta fúria.
— Ria, Gabri