Dalila curvou os lábios em um sorriso astuto.
— Naturalmente, meu querido tio.
— A reunião do conselho está chegando, e seu avô vai anunciar oficialmente o Benjamin como presidente do Grupo Júnior. Logo depois, vai acontecer o noivado dele com aquela garota boba. Seu irmão está prestes a conquistar o sucesso profissional e amoroso ao mesmo tempo. Parece que o nosso espetáculo vai ter que sair de cena, hein? — Hélio colocou um cigarro entre os lábios e o balançou de leve entre os dedos.
— Quem disse que vai acabar? O show mal começou. — Dalila bufou com desdém.
— Dalila, que plano brilhante você tem agora?
— De repente, pensei que talvez tenhamos errado o foco desde o início. — Dalila se recostou preguiçosamente na cabeceira da cama, com um tom sombrio. — Benjamin é um osso duro de roer. Não adianta insistir nele. Então, por que não focamos na Samara? Aquela garota é um desastre ambulante: burra, fraca, sempre foi uma covarde desde os tempos da escola. Manipulá-la seria fácil.