O jardim de Aurora estava tomado por mesas redondas com toalhas floridas, cadeiras brancas e arranjos rústicos com lavandas secas e margaridas. No centro, um pequeno palco improvisado com tapete persa e músicos de camisa social afinavam seus instrumentos. Garçons circulavam com mini taças e bandejas chiques demais para um evento simbólico.
— Onde ela está? — Kate perguntou, nada sutil, enquanto procurávamos a nossa mesa.
— Xiu! — a repreendi, temendo que meus filhos escutassem.
— Desculpa — ela murmurou, como se não fosse nada demais, e balançou os ombros.
— Ela não está aqui — falei, espiando as mesas.
— Como você sabe? Pode estar em qualquer lugar.
— Se ela estivesse aqui, a gente saberia — falei, sem conseguir esconder um sorriso. — Acredite, é impossível não a notar.
— Jennifer! — Roberto apareceu, vestindo um terno verde que o deixava parecido com um padre irlandês excomungado por falta de bom senso. — São seus filhos?
— Sim, Júnior e Maytê. E essa é a minha irmã, Kate. Roberto é