Alex
Yuki ficou pensativo por um momento, mas suavizou a expressão e sem parar os carinhos, respondeu:
— Ele nunca aceitou o que eu sou e por isso, quase me matou.
— O que? — Levantei do seu colo e sentei na sua frente, não estava acreditando no que ele estava me dizendo. — Quando foi isso?
— Eu ainda morava na casa deles na época. Ele descobriu tudo e achou que iria me consertar. Era assim que dizia, que eu precisava de conserto e vergonha na cara.
— Que filho da puta! — pressionei os lábios um no outro para não continuar xingando. — Desculpe, continue.
— Foi um inferno, mas Kaito e minha mãe deram um jeito de me tirar de lá e nunca mais falei com meu pai, nem sequer voltei lá para ver minha mãe.
— E sua mãe? Vocês conseguem se falar?
— É bem raro, na verdade, Kaito quem conversa com eles com mais frequência.
— Então ela simplesmente ficou ao lado dele?
— É complicado entender, tento respeitar as razões dela. A violência psicológica e talvez física que ele impõe a ela é visível,ma