O semblante de Antônio não se amenizou nem um pouco. Para aliviar o constrangimento, Francisca perguntou a ele:
- Você não foi trabalhar?
Antônio, com seu rosto bonito, ficou ainda mais descontente. Ele não saiu hoje, então o que ele estava fazendo?
- Hoje não preciso trabalhar.
- Ah, então descanse bem. - Disse Francisca ao se levantar.
Mas Antônio bloqueou seu caminho:
- Não tem mais nada para dizer?
Francisca lembrou do ocorrido na noite passada:
- Não, tenho que trabalhar, não vou falar com você.
Ela estava prestes a sair do quarto, mas Antônio a abraçou firmemente. Sua garganta se movia enquanto ele dizia:
- Francisca, lembre-se, eu não sou o Admir e nunca serei como ele.
Francisca ficou surpresa e olhou para ele.
- Você se lembrou?
- Não. - A mão de Antônio tocou seu rosto, acariciando-o repetidamente. - Eu não gosto de ser confundido com outra pessoa.
O olhar de Francisca desviou um pouco:
- Eu não confundi, foi apenas um lapso de língua.
- É mesmo? É melhor que seja assim.
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