Enry Kall Fury
Ter o meu filho ali, bem ao meu lado, e não poder tocá-alo depois de tanto tempo, vê-lo desconfiado, segurando a jovem que tem o cheiro dele com tanto temor... Isso me deixa de coração partido. Mas o que eu poderia esperar de um homem de vinte e dois anos que passou dez anos nas ruas, abandonado, negligenciado e carregando em suas costas a dor da rejeição, achando que seu pai o excluiu por ser um ômega.
Eron tem marcas invisíveis que podem ser mais profundas que as cicatrizes em sua pele, que não são poucas, mostrando o quanto a sobrevivência dele foi difícil em todos esses anos. Pensando em tudo isso, me contenho, escolho as palavras e dou o espaço que ele precisa.
Layla é uma mulher muito acolhedora e já conseguiu quartos para todos os novos refugiados.
Aguardo do lado de fora, enquanto Eron acompanha Aisha para dentro da casa. O olhar desconfiado, analisando cada canto que passa.
Minutos depois ele deixa a casa.
— Você garante que ela está em segurança aqui? — pergun