Chloe passou por um ano difícil e turbulento, perdeu ambos os pais e ficou com dívidas enormes, apenas tinha a casa e sua picape velha. Mas não desistiu, continuou seguindo a vida e vivendo os dias até o momento em que tudo mudou. Christopher Hutton, homem de sucesso no ramo dos negócios conhecido como o casado mais sexy do momento, mas vivendo em um casamento infeliz e apenas seguindo sem se importar com mais nada após a morte da falecida esposa e filha. Mas a vida pode mudar de uma hora para outra e tudo pode ficar confuso, chega em um ponto onde apenas um anjo pode fazer com que essas vidas se encontrem e se ajudem. Um romance triste e viciante que tem tudo para dar errado desde o começo mas que pode acabar dando certo.
Leer más“Sua vida é sempre a mesma dia após dia.
Tudo o que faz, faz da mesma maneira, dia após dia.Eu posso lhe mostrar um novo mundo, uma luz diferente.Guarde seu corpo, seu coração, entregue sua alma para a noite e venha para mim.Quando estiver sozinha, quando precisar de algo novo, venha para mim, quando estiver cansada.Porque?Porque tenho algo especial para você.Só para você.”– Os noturnos por Flávia Muniz –▪︎ Capítulo 1 ▪︎–Chloe, pode ir agora querida. Aqui está o dinheiro por ter cuidado da farmácia está noite. -o senhor Gomes me entrega um bolinho de dinheiro, sorrio para ele mesmo com sono e cansada. Na verdade estou bem acabada hoje foi uma noite bem movimentada por alguma razão tinham muitas pessoas pela cidade.Moro nessa cidade desde meu nascimento e nunca vi tanto movimento de pessoas de fora como vi ontem. Não que aqui seja uma cidade pequena, mas não podemos dizer que Wyoming é grande como outros lugares por aí. Deve ser por causa da temporada de esqui, mas mesmo nessa época as pessoas preferem lugares mais conhecidos do que um lugar como Wyoming.–Sabe que quando precisar, pode chamar. -ele faz que sim, tiro o colete colocando no lugar e pegando minha bolsa e casaco por causa do tempo frio que se aproxima, os ventos sopram cada vez mais gelados nesse horário. Além de que, por aqui sempre está frio e ventando.Agora não passa das cinco e trinta da manhã, as cafeterias começam a abrir, os pássaros voam no céu azulado ainda meio escuro, longe se vê os primeiros raios de sol e o vento ruge em meus ouvidos, mais um dia que estou aqui pai. Espero que possa estar bem onde quer que esteja e que também esteja com a mamãe.Respiro fundo e começo a andar, esse é um dos melhores horários do dia pra mim, o ar fresco batendo em meu rosto, as ruas quase que desertas, posso ir devagar e calma para casa. Pego as chaves da minha velha picape azul, suspiro antes de andar até a mesma, faz anos que dirijo essa velhinha e agora ela está começando a dar problema mas fazer o que, é o que tenho, abro a porta que faz um barulho alto e dou uma risada baixa antes de entrar na mesma e começar a me preparar para dirigir de volta para casa, quero deitar e descansar por pelo menos quatro horas.Na última semana o senhor Gomes tem me pagado por hora para cuidar da farmácia dele durante a noite, mas acho que não terei esse luxo na próxima semana já que o filho dele está vindo para a cidade para ajudar, então tenho que guardar meu dinheiro e pagar as contas atrasadas, além de conseguir comprar minha comida.Entro na minha picape e jogo minha bolsa no banco de trás, ligo o carro saindo do estacionamento da farmácia, vou demorar uns bons minutos ate em casa já que moro em um local mais afastado da área central da cidade. Tenho que passar no posto e pedir ao John para completar o tanque, depois que troquei o motor não estava gastando tanto com gasolina, mas era sempre bom precaver, porque não sei quando terei dinheiro para isso de novo.Paro em frente ao posto e não vejo o John, peço para o outro cara novo encher o tanque e vou até a lojinha de conveniência atrás de açúcar, quero fazer alguns doces e pães para vender ainda nesse fim de semana. Isso mesmo açúcar, em uma lojinha de posto, por incrível que pareça nessas lojinhas da cidade vende de tudo, pego dois pacotes grandes indo ate o caixa pagando e seguindo ate a picape, pago o valor do combustível e saio pela rodovia rumo ao meu lar, estou com tanto sono.Minha casa é bem afastada da cidade, perto de um grande Fazenda Resort para família, uns bons quilômetros para lá na rodovia, primeiro foi uma chácara dos meus avós, depois virou uma propriedade com um imenso quintal que foi dada aos meus pais, agora é minha casa com um quintal um pouco grande na frente, herdei o lugar depois da morte dos meus pais no ano passado.O sol já nasce atrás de mim quando entro na rodovia, a imagem linda vista do retrovisor me faz abrir meu melhor sorriso, mesmo em tempos difíceis o bom é sempre manter um sorriso, isso foi o que minha avó me ensinou, até hoje sigo suas palavras firme e forte.Já estou no meio do caminho quando algo ao lado da estrada me chama atenção, posso até mesmo estar enganada, esfrego os olhos com a mão por um tempo, mas aquilo não é sonho ou delírio e na hora que me dou conta começo a me ajeitar para estacionar.Paro o carro no acostamento e desço, vejo o grande baú preto desbotado que avistei de longe, mas o que me deixou encabulada foi ver uma garotinha de cabelos loiros vestida em roupas finas mesmo nesse tempo frio, ela dorme sob o baú segurando um ursinho de pelúcia branco escrito mamãe e com os pés em uma sapatilha gasta, seu rosto está pálido e mesmo com minha proximidade ela não parece despertar.Não há ninguém na rodovia, ela parece sozinha, não há condições de leva-la comigo, mas também não posso apenas deixa-la aqui para morrer congelada. Suspiro frustrada e a pego no colo, leve como uma pluma, caminho com ela em meus braços a levando até a picape e a colocando no banco de trás, seu sono parece profundo, talvez tenha sido dopada e deixada aqui, pego o grande baú preto colocando de um jeito que possa impedi-la de cair do banco caso eu acabe dando uma freada brusca.Vamos nessa, o que mais pode dar errado? Além de ser acusada de sequestro, nada mais pode dar errado. Certo. Entro na picape ligando e seguindo caminho pra casa, hoje a tarde vou ao delegado e entrego a menina, ela deve ter sido abandonada ou fugido sei lá, mas não há nada que possa fazer sobre isso, vou apenas levar ela até a polícia e depois voltar.Como uma garota pequena como ela iria fugir sua anta? Penso comigo mesma e começo a rir sozinha, não sei o motivo mas minha consciência grita e me dou conta dos fatos, ela não deve ter mais do que quatro anos, com toda certeza foi abandonada na beira da estrada contando com a própria sorte. Vejo o grande portão de madeira, que mantenho quase sempre aberto para não ficar descendo do carro para abrir toda vez que chegou ou saio de casa. Já entro e me dirijo ao lugar que sempre deixo a picape protegida do sol, de baixo de uma árvore que tem um balanço de pneu em baixo.Desligo a picape saindo para pegar a menina adormecida, entro em casa a colocando em meu quarto e voltando ao carro para pegar todas as coisas, um baú, minha bolsa e os pacotes de açúcar pata os doces e pães. Coloco o baú e minha mochila na sala e vou direto para a cozinha prendendo meus cabelos em um coque colocando uma touca, tenho que começar a fazer as geleias de maçã ainda hoje porque quero descansar mais tarde e as maçãs podem acabar estragando até amanhã.Há três motivos para fazer geleias de maçã agora, mesmo estando cansada pela noite acordada e também por ter uma criança desconhecida em minha casa eu preciso fazer isso de qualquer maneira.Primeira, tudo já estava quase tudo pronto, até mesmo as maçãs já estavam colhidas e em banho de água quente. Segundo, preciso vende-las para conseguir grana e pagar as dívidas médicas e de enterro dos meus pais. E terceira, isso me ajudará a sobreviver daqui algumas semanas quando eu já não tiver empregada na farmácia e a casa estiver sem luz.Esse com certeza será um dos anos mais rigorosos pra mim, sem dinheiro para comprar comida, sem meus pais, tendo que proteger minhas plantas e também tendo que pagar as muitas dívidas que ficaram após meus pais morrerem ao mesmo tempo ano passado. Mas seguindo em frente tudo se resolverá, basta que eu tenha um pouco de esperança. Isso era o que minha mãe sempre me dizia, e o que vovó sempre dizia para ela, somente preciso me manter firme e com um sorriso no rosto e conseguirei vencer essa tempestade.•°•• ♤ ••°•■ Epílogo ■Abro os olhos e passo a mão sobre a barriga já grandinha, seis meses de gestação quase sete e nem ao menos pude montar o quartinho do bebê por falta de dinheiro e tempo, tantas consultas médicas por causa da perca de memória e mesmo assim não chegamos a lugar algum.–Você precisa comer, aqui pega. -olho para o homem magro e de face pouco marcante, não consigo acreditar que ele é meu marido e pai do meu filho mas não há como negar que isso se deve a minha falta de memória.–Obrigada. -pego o prato que ele me oferece cheio de comida, não irei comer nem metade disso mas ele parece gostar de colocar comida para mim então apenas deixo ele fazer o que quer.Desde que cheguei em casa me sinto estranha, há fotos e mais fotos pela casa, vestido de casamento e até mesmo fotos da minha família pela casa mas isso não me trás nem um pouco de familiaridade, tenho apenas menos coisas em que me sinto confortável e familiar.–Como foi no serviço hoje Juan? -
■ Capítulo 55 ■- Christopher Hutton -Eu queria ficar com Chloe todo o tempo mas por causa do incidente na estufa tive que ir até a delegacia já que ouve muito feridos e alguns tinham ferimentos a bala, claro que a polícia se envolveria. Mas estou começando a achar que essas pessoas estão brincando com a minha cara, porque já faz uma hora e meia que estou aqui e ninguém vem falar comigo.–Olá senhor Hutton, lamento fazê-lo esperar mas ocorreu um acidente grave hoje e a maioria de nossos oficiais estavam lá. -o homem gordo e calvo diz entrando na sala onde estou, apoio a mão na mesa batendo o dedo sobre a mesma analisando.–Bom, porque motivo me fizeram esperar uma hora e meia nessa sala? Nem ao menos tinham um mandado para me manter aqui mas aceitei por educação ficar aqui. -digo encarando o mesmo que parece um pouco nervoso, por lei a menos que eu seja cúmplices de algum crime ou tenha presenciado algo que vai contra a lei posso ser mantido em uma sal
■ Capítulo 54 ■- Christopher Hutton -Não sei o que fazer, pela primeira vez desde que comecei a me entregar nesse relacionamento eu não sei o que fazer. Tudo estava indo tão bem que me esqueci dos riscos de estar nesse lugar, uma casa velha em um lugar isolado onde neva a maior parte do tempo e que não há nenhuma rota de fuga caso sejamos atacados pela entrada, há apenas neve e montanhas atrás dessa casa.–Lorenzo, alô está ouvindo? -pressiono forte o ferimento de Chloe com uma mão enquanto seguro o telefone fixo com a outra.–Ei cara, como está aí? -sua voz está relaxada o que indica que ele não está ciente do pandemônio que está aqui nesse momento.–Me escuta com atenção Lorenzo, fomos atacados, na verdade ainda estamos sob ataque. -começo falando e escuto a movimentação do outro lado da linha. –Preciso de ambulâncias com urgência porque não sei quantos trabalhadores da estufa se feriram no meio da confusão.–Estamos indo imediatamente, a
■ Capítulo 53 ■Abro meus olhos sentindo o corpo um pouco dolorido, olho em volta não vendo Christopher na cama nem no quarto, o relógio marca dez horas da manhã, droga Julia e Lorenzo já devem ter voltado.–Pode ficar na cama. -olho para a porta vendo Christopher vestido em um roupão branco e pantufas segurando uma bandeja que faz séculos que não uso.–Mas e Julia?-pergunto me sentando enquanto seguro o lençol para cobrir meus seios expostos.–Liguei para Lorenzo e ele resolveu ficar na cidade com Julia, ela está na cozinha do restaurante ajudando dona Maria em um bolo para a mamãe. -diz enquanto sorri se aproximando da cama com a bandeja, ele coloca a mesma no criado-mudo e senta ao meu lado.–Isso é pra mim? -pergunto apontando a bandeja bem arrumada, há torradas um xícara de café um bule pequeno que deve ter leite morno e ovos mexidos, acho que tem maçã cortada além das uvas.–Sim, não sou bom em cozinha mas ao menos posso fazer isso. -diz e s
■ Capítulo 52 ■- Christopher Hutton -Não consigo me controlar mais, eu quero essa mulher. Venho pensando nisso desde o dia no tribunal quando a carreguei em meus braços pelos corredores cheios de pessoas nos olhando, eu quero ela tanto que chega a ser incômodo e isso me assusta um pouco.Em pensar que um ano atrás eu estava desistindo de tudo, até mesmo pensei em me matar por já não aguentar estar nesse mundo sem ter Paola e Julia comigo, agora olha pra mim agindo como um adolescente apaixonado que nem mesmo consegue se confessar pra pessoa que gosta.Coloco a travessa de macarrão sob a mesa enquanto dou um sorriso, pensando bem faz tanto tempo que não me sinto tão relaxado e alegre, não me sentia assim enquanto estava casado com Isa e na verdade eu não ligava estava imerso em minha dor que apenas seguia o que dava pra fazer.Suspiro passando a mão pelos cabelos para afastar os pensamentos sobre o meu péssimo segundo casamento, olho o relógio p
■ Capítulo 51 ■Em pensar que em apenas dois dias aqui já me sinto tão relaxada, minha casa, sem muitas pessoas andando pra lá e pra cá, sei onde fica cada coisa e não preciso me preocupar em me vestir bem para andar por aí. Se bem que não estou completamente sozinha aqui, Christopher, Lorenzo e Julia estão aqui.Sei que Lorenzo mantém seus guardas por perto pata proteger a casa e a estrada também, porque mesmo que assassinos tentem chegar aqui vão ter que tomar a rodovia que é a única forma que há de chegar aqui, então Lorenzo armou um super plano para proteger todos nós.–E então o que temos pro jantar de hoje? -olho para cima vendo o olhar curioso de Christopher sobre mim.–Torta de carne, macarronada ao molho branco e um bom vinho para os adultos. -já tem quatro dias que chegamos e em todos os dias em cozinhei o almoço é jantar enquanto o café ficava a cargo deles três o que achei um tremendo desastre já que Lorenzo só sabe frutar ovos, Christopher mal
Último capítulo