O silêncio do vilarejo era quebrado apenas pelo som suave das folhas que dançavam ao vento. No centro da praça principal, o Véu parecia mais vivo do que nunca, suas cores oscilando entre tons de azul profundo e prata reluzente. Os guardiões estavam reunidos ao redor, formando um círculo. Cada um sentia o peso de sua própria jornada, mas também a conexão inegável com algo maior.
Celina, de olhos fechados, ouvia o sussurro do Véu como uma melodia distante. Desde que havia se tornado uma guardiã, ela sentia a pulsação do Véu como se fosse o próprio batimento de seu coração. Mas naquele dia, havia algo diferente. Uma urgência. Um chamado que ela não podia ignorar.
— Ele está nos falando — ela murmurou, quebrando o silêncio.
Arian ergueu o olhar, observando os padrões que se formavam nas linhas do Véu. Pareciam mais nítidos, quase como uma escrita desconhecida.
— O que quer dizer? — ele perguntou, tentando esconder a inquietação que o dominava.
Elias, que havia ficado em silêncio