- Dói? - Mário sorriu sinistramente, com a faca ainda cravada na carne de Theo.
Theo suava de dor, mas apertava os dentes, sem dizer uma palavra.
Ele não podia falar; toda a sua força estava concentrada nos braços. Se falasse, poderia perder o ânimo, colocando Amanda em perigo.
Amanda observava Theo, surpresa. Ninguém tinha uma visão mais clara do que ela naquele ângulo.
Ela viu com seus próprios olhos a faca de prata cravada na carne de Theo, como se uma faca também tivesse perfurado seu próprio peito, fazendo ela esquecer até de respirar.
- Solte ele! - Amanda gritou de repente. - Eu não preciso que você me salve, não preciso. Quando você escolheu Helena, já não tínhamos mais nada a ver um com o outro! Mesmo que você seja apunhalado até a morte, eu não olharei para trás.
Theo sacudiu a cabeça, sorrindo levemente em sua direção.
- Uma pequena ferida não é nada para mim.
A respiração de Amanda falhou, e ela subitamente se lembrou da primeira vez que viu Theo, também coberto de feridas.