Em meio a uma guerra devastadora entre os reinos de Eldoria e Valoria, um casamento arranjado é orquestrado para selar uma paz frágil. A princesa Elara, de Eldoria, é enviada para se casar com o príncipe Adrian, herdeiro de Valoria. No entanto, por trás das festividades e promessas de união, Elara carrega um plano sombrio: sob as ordens de seu pai, ela deve conquistar a confiança de Adrian, engravidar dele e, em seguida, assassiná-lo, garantindo a vitória de seu reino. Mas conforme o casamento se aproxima e Elara conhece melhor o príncipe, ela começa a questionar suas próprias motivações. Adrian, igualmente marcado pela guerra, demonstra um desejo genuíno de paz, plantando sementes de dúvida no coração de Elara. A cada dia, a tensão entre o dever para com seu pai e seu reino, e os sentimentos crescentes por Adrian, torna-se insuportável.
Ler maisA porta pesada do The Black Room se fechou atrás deles, selando Sophia em um mundo que não lhe pertencia, mas que, de alguma forma, parecia ter sido feito para ela.
Seu coração batia frenético contra o peito, não por medo, mas pela promessa do desconhecido. O ar era carregado, denso com uma eletricidade que parecia vibrar em sintonia com seu próprio corpo. O perfume amadeirado de Giovanni envolvia seus sentidos, um lembrete constante da presença dominante dele, enquanto sua mão firme a guiava com precisão, pressionando a base de suas costas nuas.
Ela sentia o calor dele, a força silenciosa que exalava de cada movimento, de cada toque, de cada palavra não dita.
— Confie em mim, Sophia. — A voz dele veio baixa, um sussurro grave que reverberou por sua espinha como uma promessa perigosa.
Ela engoliu em seco, seus dedos tremendo levemente, mas não recuou. Porque, apesar do desconhecido, apesar da tensão quase insuportável entre eles, ela queria aquilo.
O quarto era um santuário de controle e desejo, um espaço onde os limites eram testados e o prazer era moldado pela entrega. As paredes escuras absorviam a pouca luz vinda de velas estrategicamente posicionadas, criando sombras dançantes que faziam cada detalhe parecer ainda mais intenso.
Mas não eram as sombras que capturavam sua atenção.
Eram os objetos.
Algemas de seda, vendas de veludo, chicotes finos, cordas trançadas. Uma coleção cuidadosamente organizada de instrumentos de prazer e submissão.
Sophia sentiu o peito subir e descer com mais força.
Um universo completamente novo se abria diante dela.
Giovanni parou atrás dela, e antes que pudesse absorver tudo ao seu redor, seus dedos deslizaram lentamente por seu braço desnudo fazendo ela arfar.
O toque dele era firme, porém provocante.
Cada deslizar dos dedos parecia uma pergunta silenciosa, um convite para atravessar um limite invisível.
—
Está pronta para me pertencer esta noite?O calor dele irradiava contra sua pele, um contraste hipnotizante com o frio sutil do ambiente. Sophia fechou os olhos, tentando controlar a avalanche de sensações que ameaçava consumi-la. Mas já era tarde demais.
— Sim… — Sua voz saiu como um sussurro, carregada de uma necessidade que a assustava e a excitava na mesma medida.
Giovanni sorriu, satisfeito com a rendição implícita nas palavras dela. Pegou uma venda de veludo e a deslizou suavemente sobre seus olhos. O mundo ao redor desapareceu. Nada além do som de sua respiração e do calor da presença dele restava.
— No escuro, você sentirá mais, Sophia.
Sua voz roçou sua orelha, enviando um arrepio intenso por sua pele. O desconhecido aguçava cada sentido, cada expectativa. Ela estremeceu quando sentiu a textura das fitas de seda envolvendo seus pulsos, delicadas, mas firmes, atando-a à mercê dele. A sensação de imobilização fez sua pulsação disparar.
— Agora, apenas sinta.
Ela ouviu o farfalhar da roupa dele, o som rouco dos sapatos se afastando e depois voltando. Então, um toque quente, dominado pela precisão de alguém que sabia exatamente o que estava fazendo, deslizou por seu ombro, descendo lentamente pela curva de sua coluna.
Cada toque era um comando silencioso.
Cada suspiro, uma rendição inevitável.
Os lábios de Giovanni a tocaram, explorando-a sem pressa, sem hesitação. Sua língua traçou um caminho torturante pelo seu pescoço, sua respiração quente provocando um contraste entre prazer e expectativa.
As mãos dele desceram por seu corpo, explorando-a com um domínio absoluto, como se ela já lhe pertencesse há muito tempo.
— Você é fascinante assim, entregue-se a mim… — A voz dele soou rouca, carregada de desejo contido, de uma fome que ela sabia que não era apenas dela.
O mundo ao redor se dissolveu.
Sophia já não sabia mais onde terminava e onde começava.
A venda privava sua visão, mas seus outros sentidos estavam mais aguçados do que nunca. Cada toque dele era fogo e gelo ao mesmo tempo, desenhando nela um caminho sem volta.
O prazer e a excitação se misturavam à adrenalina de estar à mercê de um homem que a fazia sentir-se simultaneamente protegida e vulnerável.
— Eu poderia devorá-la inteira esta noite. — Ele sussurrou contra sua pele, os dentes roçando levemente em seu ombro.
O corpo de Sophia estremeceu, e ela sentiu o calor líquido do desejo se espalhar dentro de si.
Ali, naquele quarto escuro, nas mãos de um homem que sabia exatamente o que fazer com ela, Sophia teve certeza de uma coisa.
Ela nunca mais seria a mesma, porque Giovanni Bianchi acabara de marcá-la.
E ninguém jamais a tocaria do mesmo jeito novamente.
Seis anos haviam se passado desde o fim da guerra que quase destruiu dois grandes reinos, e Eldoria e Valoria agora floresciam em uma era de paz e prosperidade. As marcas da guerra, embora ainda visíveis em algumas cicatrizes físicas e emocionais, estavam sendo gradualmente substituídas por crescimento, esperança e união. Sob o governo de Adrian e Elara, ambos os reinos se uniram como nunca antes. As rivalidades antigas foram esquecidas, e o futuro era construído sobre os pilares de um amor que havia resistido ao impossível.Naquele dia, o sol brilhava forte, iluminando os jardins de Eldoria com uma luz dourada. O castelo estava mais animado do que o habitual, com os criados e nobres se preparando para um grande evento. Era o aniversário de seis anos do príncipe Aiden, herdeiro dos dois reinos, e a família real havia organizado uma grande festa para celebrar.Entre os presentes, Lívia, a amiga de infância de Adrian, também estava ali, sorridente. Sua presença era um lembrete de como
O sol brilhava suavemente sobre os campos de Valoria e Eldoria, refletindo o esforço de reconstrução que dominava a paisagem. Os dois reinos, outrora inimigos ferozes, agora trabalhavam lado a lado para erguer das ruínas um novo futuro. Os antigos estandartes de guerra haviam sido retirados e substituídos por bandeiras que simbolizavam a união, a paz e a esperança.Adrian estava em pé na varanda do castelo de Valoria, observando o movimento abaixo. As pessoas iam e vinham, carregando materiais de construção, ajudando umas às outras. Era uma cena que enchia seu coração de alívio e otimismo. As semanas que se seguiram à morte do rei de Valoria haviam sido intensas, mas produtivas. A guerra finalmente terminara, e com o apoio de Elara, ele conseguiu negociar acordos de paz com os reinos estrangeiros que antes haviam apoiado Valoria. Eles reconheciam agora a nova liderança e, mais importante, aceitavam que a guerra não era mais uma solução viável.Enquanto o vento soprava suavemente, o a
As trombetas de guerra ecoavam pela planície, os sons metálicos das armaduras e espadas vibrando como um aviso sombrio. O exército de Eldoria, liderado por Adrian, marchava em direção a Valoria com uma determinação inabalável. Os soldados sabiam que aquela seria a batalha final — a luta que decidiria o futuro dos dois reinos.Os portões de Valoria estavam bem defendidos, com soldados de armaduras reluzentes e espadas afiadas esperando o ataque. O estandarte negro de Valoria tremulava alto, mas o medo era palpável. O povo já não apoiava o rei como antes. A crueldade e obsessão do rei com o poder e a guerra tinham desgastado a confiança e o respeito que os cidadãos tinham por ele.Adrian estava à frente de seu exército, montado em seu cavalo de guerra, com o rosto marcado pela fúria e a dor acumulada. O peso do que estava por vir caía sobre seus ombros, mas ele estava determinado. Elara, sua esposa e rainha, havia sofrido o inimaginável nas mãos de seu próprio pai. Ele não iria descansa
O vento cortava a pele de Elara enquanto cavalgava desesperadamente, tentando manter o controle do cavalo e o ritmo acelerado. O peso da fuga, da perseguição e do ferimento recente em suas costas a deixava exausta, mas sua determinação de sobreviver e proteger seu filho, Aiden, era maior que qualquer dor que sentia. O cavalo, também cansado, avançava rapidamente pela estrada que se estendia pelas terras do reino estrangeiro, com Elara agarrando-se firmemente às rédeas, tentando ignorar o sangue que escorria pelo seu corpo, encharcando suas roupas.Atrás dela, soldados de Valoria continuavam a persegui-la com determinação. Seu próprio pai, o rei de Valoria, havia disparado a flecha que ainda estava encravada em suas costas. O choque desse ato, a frieza com que ele a caçava, partiu seu coração, mas Elara sabia que não tinha tempo para processar aquilo. Ela só podia pensar em como salvar a si mesma e a seu filho.O castelo ficava cada vez mais distante, mas ela sabia que não estava a sal
A noite estava escura e silenciosa, quebrada apenas pelo som dos passos rápidos de Elara enquanto ela se movia pelas sombras do castelo. Seu coração batia acelerado, a respiração irregular enquanto avançava com Aiden nos braços, protegendo-o com todo o cuidado. Ela sabia que a segurança de seu filho era a única coisa que importava agora. Cada curva que dobrava a aproximava mais da saída do castelo, mas também a lançava em uma corrida contra o tempo.O som de vozes e passos apressados começou a ecoar pelos corredores. Os guardas finalmente perceberam sua fuga e estavam em alerta total. Elara sabia que o rei de Valoria não hesitaria em caçá-la. Seu próprio pai, alguém que deveria protegê-la, agora era a maior ameaça. Ele faria de tudo para impedir que ela escapasse e usaria Aiden como um peão em seus planos.Elara ajustou a posição de Aiden em seus braços, mantendo-o seguro enquanto acelerava o passo. O peso do pequeno corpo adormecido em seus braços parecia nada comparado ao fardo emoc
Elara correu pelos corredores escuros e úmidos do castelo estrangeiro, o som de seus próprios passos ecoando pelas paredes de pedra. O pequeno Aiden, envolto em mantos para protegê-lo do frio da noite, dormia em seus braços, alheio ao caos que envolvia sua mãe. Cada batida de seu coração parecia acelerar enquanto ela fazia de tudo para encontrar uma saída.A fuga da torre havia sido mais fácil do que ela imaginava, graças à sua determinação, porém, ela sabia que a verdadeira dificuldade estava à sua frente: escapar do castelo e encontrar um caminho seguro para fora daquele território hostil. O rei de Valoria estava cada vez mais desesperado em manter o controle, e ela sabia que sua ira seria implacável assim que ele descobrisse sua fuga."Eu não posso falhar. Aiden depende de mim."Elara pensava repetidamente enquanto caminhava pelas sombras. Cada escolha parecia arriscada, cada movimento cuidadosamente planejado para não atrair atenção. O castelo estrangeiro onde estava presa era gran
Último capítulo