Assim que chegou em casa, Marta se jogou em seu sofá-cama e discou o número de Isabel. Em poucas palavras, informou a loira o que ocorreu no apartamento dos Montenegro.
— O que disse? Repete, porque creio ter pirado de vez.
— O senhor Montenegro passou o dia todo cuidando da Sara.
— Ou essa infeliz tem muita sorte, ou essa doença é um truque.
— Não me pareceu um truque — opinou, acrescentando em seguida o motivo de sua opinião. — Ela está muito mal, nem consegue se alimentar sozinha.
— Que droga! Rodrigo não fez nada a respeito da matéria? Não brigou e nem tirou satisfação?
— Quando ele entrou no apartamento, parecia transtornado e disposto a fazer exatamente isso. Mas deve ter mudado de ideia quando a encontrou doente — supôs.
— Você tem que fazer alguma coisa.
— Eu? — estranhou, sem entender as intenções de Isabel.
— Sim. Conte sobre o primeiro encontro da Sara com o Robson, diga que são amantes e...
— Mas eles não são — Marta declarou, interrompendo as maquinações da outra. — Pelo