Evitei olhá-la de novo, sentindo o meu próprio coração acelerar, sabendo o quanto eu ainda sofria, cada dia, cada hora, cada minuto. E também não havia saído desde então a não ser para vez ou outra comer alguma coisa com meus colegas de faculdade. Minha vida se transformou em estudos e projetos para o futuro.
- Ela não pensou em nós. – Falei de forma séria.
- Você não tem ideia do que Clara passava.
- Eu tenho... Presenciei coisas, Flora. E ela nunca quis mudar aquilo.
- Mudar? – ela riu ironicamente – Clara sofreu nas mãos do pai desde sempre. Hoje eu compreendo tanto suas atitudes... Mas na época eu era jovem e não entendia.
- Não há nada que justifique o que Clara fez conosco, Flora. E quer saber? Eu não desejo mais falar dela. Não me faz bem. Sabe quando a lembrança ruim &eacu