A Torre

O vento frio da madrugada entrava pela janela aberta, agitando as cortinas e meu sonho. A cama ainda me parecia enorme, e, sobressaltada, abri os olhos, fitando o quarto escuro. A janela recomeçou a bater e os clarões rasgavam o céu, que em breve deitaria chuva por terra. Afastei as cobertas e me ergui da cama, já estava próxima às cortinas quando ouvi um barulho sobre o assoalho. Seria um rato ou algo do tipo? Com passadas mais suaves, escorreguei para mais perto do lugar de onde viera o som. Num balé ensaiado, minha boca foi tampada por uma mão masculina no mesmo instante em que a sai entre meus dedos se alinhava ao seu pescoço.

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