ROSA
Garotinha? Eu era assim tão insignificante?
— Xerife, eles que encrencaram com a gente! — Ele virou a cabeça para olhar para Gini, que ainda segurava a bicicleta dela. E, pelo que notei, as mãos dela tremiam. Provavelmente raiva — Ele agarrou meu braço. Olha só!
Ela levantou o braço para mostrar os dedos do jovem, mas o Xerife não se deu ao trabalho.
— Eu sugiro que vocês obedeçam às regras, ou poderão encontrar outras acomodações aqui. E verão o sol nascer quadrado.
Eu olhei para Gini, que lutava contra as lágrimas que estavam enchendo os olhos dela, porém, eu não via ali tristeza, mas sim raiva.
— Perdão — Ela falou a contragosto e olhou os rapazes — Isso não voltará a acontecer — Eu poderia dizer que Gini estava prometendo que se vingaria, caso eles se aproximassem da gente, de novo.
O Xerife concordou com a cabeça.
— Podemos ir, Xerife? — Eu perguntei e ele me olhou de cima a baixo, com uma expressão que eu não soube ler. Não era exatamente confusão, mas algo parecido.
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