92- Quarenta e oito horas.
Sandra e Judite estavam em celas distintas, mas de frente uma para outra.
Pelas grades as duas trocavam ofensas e acusações quando a agente penitenciaria chamou-lhes a atenção.
- Calem a boca ou deixarei vocês sem o banho de sol. A mulher disse, com cara de poucos amigos.
- Quem você pensa que é para me tratar assim? Por acaso sabe quem é meu pai? Judite berrou.
- Não sei quem é seu pai, aqui não é programa de auditório para realizar exame de DNA, mas acredito que se você fosse alguém que valesse a pena não estaria aqui! Agora calem a boca.
- Sua morta de fome! Judite gritou.
A mulher com o cassetete bateu forte nas grades. – Fica na sua dondoca! Aqui você não canta!
Sandra ficou quieta no fundo da cela, pensou melhor e decidiu se comportar para sair dali o quanto antes.
Vladimir estava ansioso à espera de notícias de Eveline, a cirurgia demorou mais do que o esperado.
O dia tinha se passado e a noite caia quando a porta do centro cirúrgico se abriu.
Jogado as luvas em uma lixeira o m