A noite caiu, e Gabriela, depois de colocar Nanda para dormir, sentou-se sozinha na porta de casa, perdida em pensamentos.

Por que Guilherme tinha conseguido encontrá-la ali? Qual era o propósito dele? Será que ele ainda acreditava que ela era a mesma mulher de antes, que bastava algumas palavras doces para convencê-la a voltar?

Seu olhar vagava sem foco, até que ela percebeu uma silhueta familiar do outro lado da rua.

— Gabriela, vamos conversar. — Guilherme falou, parado na calçada oposta, com um tom de sinceridade na voz.

Depois de passar um dia inteiro detido na delegacia, ele finalmente parecia mais controlado.

Gabriela sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela precisaria encarar essa conversa. Ela levantou-se, caminhou até ele, mas manteve uma distância segura:

— Fale.

A atitude fria dela desarmou Guilherme, que não sabia como começar. Ele nunca havia se sentido tão hesitante em sua vida.

Gabriela olhou para ele, com a barba por fazer e a aparência desleixada. Por um momento, ela f