Por mais que eu não quisesse e tivesse um grande receio de me envolver de novo com Artur, meu coração dizia que se eu tomasse cuidado, até poderia relaxar um pouco.
— Você não tem mais o que fazer, não?
— Tenho, mas prefiro ficar com você.
O modo como ele falava até parecia que era sério. Mas eu já estava com a pulga atrás da orelha.
— Artur, eu vim para Roma para fazer um curso - bati o pé — E não voltei quando acabou por sua causa. Não queria te ver de novo.
— Eu sei disso - retrucou de cara fechada.
— Então pronto... Resolvido. Vai embora... Ou fique aqui como eu fiquei. Curta essa cidade maravilhosa.
— Eu quero curtir é você - rebateu.
— Não vai dar certo - puxei o ar — Estou cheia de coisas para fazer e organizando a bagunça que é minha vida.
— Eu posso ajudar.
— Não pode, não. Você me distrai.
— Mesmo? - sorriu malicioso.
— Não enche, babaca.
Vi um táxi se aproximando.
— Acho que aquele é meu táxi. Tenho que ir.
— Fique comigo - estendeu a mão.
— Não pode estar falando sério, A