Capítulo 02.

A morte da minha família afundou-me no cataclismo, tú sucumbias se visses o meu transtorno. Entrei em depressão, cheguei inclusive até a adoecer. A tristeza era tanta dentro de mim, que pensei que fosse morrer de tristeza.

Há alguns dias, um grupo de pais veio até a minha mansão na região de Verona, em busca de socorro. Seus filhos foram raptados, e mais crianças estavam sumindo. Um dos principais deveres das cinco famílias, é ajudar pessoas ou famílias quando tem problemas, como por exemplo, pagamento de dívidas, custear estudos, remédio e problemas cotidianos. Em troca a pessoa adquire uma dívida moral, um penhor de gratidão que poderá ser celebrado no futuro. Ela passará a ser a família que lhe ajudou, e deverá retribuir com a omerta.

Se por exemplo uma pessoa humilde deseja ser político, advogado, promotor, juiz, médico ou qualquer outra profissão e não tem como custear os estudos ela procura um dos membros das cinco grandes famílias. Eles irão custear os seus estudos e usarão de sua influência para fins próprios.

— Quantas crianças são?— digo tirando a arma e disparando contra o cadeado do contêiner.

— Ao todo devem ser 75 crianças de idades variadas entre 13 a 15.— Lorenzo.

Abro as portas e me deparo com crianças assustadas e confusas, abraçando-se umas às outras, com medo de que algum lhes atingir.

— Venham crianças. Estão seguras agora. — sorri gentil, elas se entre-olharam duvidando da minha palavra. Isso até que uma das crianças me reconheceu "Senhorita Bárbara" disse o menino se aproximando, os outros ganharam coragem seguindo a onda. Meus homens me ajudaram a carregar as crianças e colocar no ônibus.

— 75, estão todos aqui. — Lorenzo.

— Não. Ainda, sobrou um. — digo encarando o garotinho no fundo abraçando um boneco de peluche.

— Não é possível. Eu conferi.

— Talvez um pai que tenha vindo por último ou que nem tenha entrado em contacto connosco. — visto que a criança não faz menção de se aproximar, salto para dentro de contêiner — Ei, está tudo bem agora. — a criança treme tanto que parece estar com hipotermia — vai ficar tudo bem. Iremos encontrar seus pais está bem?

O carreguei e saímos do contêiner.

— Já estou procurando informações acerca da criança — Lorenzo disse na sua eficiência. O garotinho é loiro de cabelos cacheados, olhos azuis, magro e pequenino. Deve ter uns oito anos, ele não tem cara de ser italiano.

— Rapazinho, qual é o seu nome?— ele me encarou como se eu estivesse falando outro idioma.

— Talvez seja estrangeiro, tente inglês.

— Little boy, what's your name?

— Edgar.

— Oh. Beautiful name Edgar, it suits you!

— Thanks.

— Does Edgar know where his home is? Your parents name? And have any idea why these min kidnapped you?— o garoto disse quem são seus pais, disse que um dos homens que o meteu no contêiner é seu tio. Ele não sabe onde está , nem de onde exatamente é. Deixei a criança no carro com intuito de o levar comigo para a mansão, até que saibamos mais sobre ele.

Lorenzo foi atrás do tio do garoto, o que não levou muito tempo. Levamos o homem para o galpão para conseguir dele algumas informações. Ele é membro de um grupo de traficantes de menores. Ele nos contou também que os pais do garoto estão mortos, ele e seus capangas são autores desse crime.

— Livrem-se dos corpos. — Disse entregando minha arma a Luigi.

Lorenzo está encostado na porta do meu conversível de braços cruzados. Lorenzo tem tatuagem de uma adaga do dorso da sua mão.

— Irei ficar o garoto.

— Bárbara.

— Ele não tem família, não posso deixar essa criança sozinha.

— Nos só temos informações que os pais estão mortos, talvez tenham um outro parente.

— E se não tiver?

— Se não tiver, existem orfanatos.

— Ele não fala nossa língua, como você acha que vai sobreviver num orfanato?

— Ele aprende.— cruzei os braços de cara fechada — se não encontrarem nenhum familiar, ele fica com você satisfeita?

Dei um sorriso de orelha a orelha. Lorenzo para além de ser meu consigle é meu amigo, ele é uma parte de mim. É com ele com quem discuto os problemas administrativos da Famiglia. Lorenzo não apoia muito esse meu jeito de abrigar desconhecidos na mansão. Mas é graças a isso a mansão hoje está cheia de pessoas incríveis , que não me arrependo em nenhum estante de ter acolhido. Pois eles são minha família, família está que ninguém irá destruir. Não irei perder a minha família duas vezes. Família é tudo, mesmo que ela negue você.

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