Só após alguns instantes e ao perceber que não era dessa vez que conseguiria tirar satisfações com o grosseirão do carro, que a ficha cai e Marisa nota o que havia acabado de acontecer. Max estava diante do seu novo trabalho, mas a maneira como ele chegou até ali que era a questão. Marisa sempre cuidou demasiadamente do filho, que nunca andou sozinho pela cidade, ainda mais usando vários meios de transportes, já que a localização do Minneapolis Hotel era do outro lado de Minessota, muito distante do colégio onde Max estudava. Então, Marisa olha fixamente para o filho, flexiona seu corpo ficando praticamente na mesma altura que ele, e olhando diretamente nos seus olhos pergunta:— Max? Como conseguiu chegar até aqui filho? Você não deve andar sozinho pela cidade, é muito perigoso. — Max ouve atentamente cada palavra de sua mãe, mas quando estava prestes à responder é interrompido e uma voz firme é ouvida bem atrás de Marisa— Eu o trouxe! — Marisa olha assustada ouvindo a voz de Soled
Após usufruir durante duas semanas de uma paz inigualável no Resort Green, Cristhian retorna para o local, onde pagaria por todos os seus pecados cometidos e os que ainda cometeria nessa vida, o Minneapolis Hotel. Para sua surpresa, Adam não tentou ligar ou enviar detetives em busca da sua localização, como sempre fazia todas as vezes que ele se ausentava sem dar satisfações ou deixar rastros. Talvez ele devesse ter ocupado bem o seu tempo com suas orgias, e até mesmo cuidando do Ruffle ou quem sabe, tentando fugir do mesmo para sobreviver. "Só espero que nada de errado tenha acontecido na minha ausência, ou Adam pagaria caro por isso." — Cristhian pensa enquanto descia do carro Ele ajusta sua camisa de linho impecável como sempre, na cor branca, olha para Fréderic e diz num tom descontraído:— Pode tomar um café Fréderic, caso precise de seus serviços eu lhe aviso. — Sim senhor! Fréderic responde firme e se afasta somente quando tem a certeza de que seu chefe já estava dentro do
Apressadamente Marisa vai até a suíte Lady, conhecendo enfim a socialite Caroline Ventura. Que por sinal, era uma frivolidade em forma de mulher. Ela havia feito um pedido urgente, necessitava que uma de suas roupas ficasse pronta o quanto antes e como os hóspedes do Minneapolis sempre tinham razão, o desejo da deusa se tornou uma ordem. Ao entrar na suíte, Marisa vê o ascensorista parado ao lado da porta com um olhar perdido e ao vê-la chegar ergue as mãos agradecendo aos céus, por poder voltar ao trabalho e desaparecer daquela suíte o quanto antes.— Te devo uma Marisa! — o ascensorista sai apressado e Marisa sorri Enquanto isso a "deusa" falava sem parar ao celular, o que fazia Marisa revirar os olhos e imaginar de onde sai tanta futilidade de uma única pessoa."Por isso eu digo, tudo tem limites!""Você é tão má. É mesmo, Rachel.""Espere um segundo."— Ei, mocinha! Eu preciso que passe esse Dolce.Marisa ergue o terninho na cor castanho e ela apenas assente. Com rapidez, Maris
Enquanto isso no Monticello Public Schools— Já chegaram, Max?A professora de Max pergunta, ao ver a aflição em seu olhar. Estalando os lábios e com tristeza, Max fala:— Ainda não!Max estava no auditório, exatamente atrás das cortinas do palco onde seria a apresentação e seu olhar se entristece ao notar que sua mãe não havia chegado. Ela nunca havia se atrasado à nenhuma de suas apresentações ou festividades escolares, mas pelo visto, essa seria a primeira vez.O tempo passa e chega a vez da apresentação de Max. Seu corpo estava trêmulo e suas mãos suavam, mas ele sabia que precisava seguir em frente. Como sua mãe sempre diz: a vida não para e precisamos continuar, mesmo que isso pareça difícil. Não podemos desistir."E nosso próximo orador será Max Hernández." — a professora o apresenta e ele sente seu rosto corarMax olha novamente para platéia e sorri ao ver Marisa entrando apressadamente. Ela olha para o filho, sorrindo dá um leve aceno com as pontas dos dedos e se acomoda em u
No dia seguinte...Era um sábado frio e chuvoso. Marisa faz o seu trajeto de sempre, mas com uma diferença, Soledad não quis ficar com Max e ela foi obrigada novamente à levar seu filho para o local de trabalho. Por sorte todos ali gostavam dela e em pouco tempo se afeiçoaram à Max, assim as coisas seriam um pouco mais tranquilas para o longo dia que aguardava Marisa.Durante o caminho até chegar ao hotel, Marisa cumprimenta todos que conhecia, as primeiras foram as irmãs vendedoras de uma boutique de grife que havia ao lado do hotel, chamadas Janine e Michelle. Que por sinal eram um amor de pessoa, totalmente o oposto daquela recepcionista asquerosa do dia anterior.— E aí, Janine, Michelle? Bom Dia!— Bom Dia, Marisa! — Ambas respondem em uníssono — Oi, Max, como vai? — Michelle cumprimenta Max e Janine faz o mesmo— Tudo bem, Max?Max não responde à nenhum dos cumprimentos, por ainda estava chateado e triste pelo que houve na escola. Marisa olha para as meninas e sorri, como um p
Minnesota/Estados Unidos Mineapolis HotelAlgum tempo depois...Já vestindo seu uniforme, Marisa arruma o seu carrinho de camareira para iniciar mais um longo e exaustivo dia de trabalho. Jodie fazia o mesmo e ao observar o silêncio da amiga, a cutuca com o cotovelo e a questiona de imediato:— Que cara é essa? Sorria. Max é uma criança, tem o hotel inteiro para ele brincar e se distrair. Vai ver, como muito em breve, tudo o que houve no colégio já terá sido esquecido. — Jodie fala arrumando os lenços de papel no seu carrinho e Marisa solta um ar pesado pela boca, continuando o seu trabalho— Nós estamos aqui todo dia e até que às vezes é divertido. Imagine para uma criança. — Rose, uma das camareiras do setor fala— Ele vai se esbaldar. — Jodie completa— Você é que diz. — Marisa fala sem motivação, ainda organizando seu carrinho— Você precisa relaxar um pouco Marisa. — Jodie fala arqueando a sobrancelha esquerda deixando bastante claro as suas intenções — Não estou interessada, e
Ainda na Suíte Lady...— Tá legal, sabe qual é a diferença entre a deusa e eu? Ela deve estar fazendo joguinho para o cara gostar dela. — Jodie diz enquanto borrifa o perfume francês — E você faz o que? — Marisa pergunta enquanto arruma a cama— Eu dou duro para ganhar dinheiro. — Jodie responde passando um pouco de hidratante na palma da mão e espalhando pelos braços — Por falar nisso, entregou sua ficha? Para a sub gerência? Caminhando para o closet e mexendo em tudo o que havia por lá, ouve a resposta de Marisa.— Ainda não, mas... — Marisa titubeia para responder e ao ficar de frente com Jodie se assusta por vê-la dentro do closet examinando cada peça que havia ali dentro — Ei, o que você está fazendo? Não mexe aí!Marisa questiona com as mãos na cintura e Jodie sequer lhe dá ouvidos, e continua boquiaberta ao ver um modelo mais maravilhoso do que o outro, e o pior, tudo era praticamente novo, pois a maioria das peças estavam com etiquetas. — Ai meu Deus! Que lindos! — Jodie so
Enquanto isso no setor de costura...Max já havia desenhado, ouvido música, lido, montado quebra cabeças de cinco mil peças e feito tudo o que estava ao seu alcance para se distrair. Mas parecia que o tempo não passava e ele já estava começando a ficar inquieto, por falta de algo que pudesse realmente prender à sua atenção. Ele desde sempre, foi criado em local aberto, e ficar muito tempo em ambientes fechados não ajudava em absolutamente nada e o deixava ainda mais angustiado. — Max, está tudo bem? — Lily pergunta ao ver seu jeito inquieto observando cada detalhe do setor de costura — Vai ficar Lily. — Max responde tristonho e em seguida abre a sua mochila retirando seus fones de ouvido — O que você está fazendo? — ele pergunta ao notar Lily concentrada com algo em suas mãos — Pregando o botão dessa camisa. — Lily responde sem tirar os olhos da agulha— Que horas sai o almoço? — Max pergunta e se levanta da cadeira— Daqui à uma hora. Já está com fome? — Lily pergunta enquanto ter