— Adriel pode nos ver.
O tom feminino é desconfortável pertencia à Cecília.
— Ah, ele não vai sair daquela sala tão cedo, está em reunião com aquele babaca, Igor Timberg.
Fiquei estarrecida, só precisei ouvir mais uma vez para ter certeza de quem era a voz masculina. Era Arthur! Coloquei a mão na boca para evitar qualquer suspiro.
— Não pode ser outra hora?
Ela tentava negociar, a voz tremulava com o nervosismo.
— A noite?
Cecília parecia não querer aquilo. Ela respirava profundamente, aparentava não estar nem um pouco à vontade.
— Eu já cumpri com minha parte no acordo, agora quero que você me pague ou Adriel vai ficar sabendo o que fez!
Tais palavras caíram de sua boca deixando-me completamente atordoada. O que diabos, Cecília fez de tão grave contra Adriel?
No último retângulo, lá estava eu, com as pernas falhas e a respiração descompassada, tentando a todo custo não ser pega, como se a errada naquela situação fosse eu. Quanta ironia!
— Então vamos, anda logo. Realize o dese