As lágrimas desciam por minha face, o homem olhou-me impassivo. No entanto, mantive minha fé na torcida para que ainda restasse uma ponta de compaixão, ali dentro daquela capa inacessível.
— Está disposta a repetir a fertilização? — arqueou uma de suas sobrancelhas escuras.
Seu olhar sobre mim era morno. Contudo, consegui extrair um pouco de dignidade nele.
— Sim! — me apressei a dizer, com uma imensa vontade de sair dali. — Eu só lhe peço uma coisa.
— Depende! Do que se trata?
— Exija que me mantenham desacordada novamente. Eu não quero sentir dor além da vergonha, por estar desnuda para vários profissionais.
Olhou-me confuso, seus olhos curiosos me cercavam de uma maneira que não sei descrever.
Se ele fosse um sistema de computador, eu poderia tirar tudo que eu precisava ou até mesmo manipulá-lo. Entretanto, estou lidando com um ser humano muito difícil.
— Como quiser, Ana Lis, mas quero deixar claro que só tenho mais uma tentativa, e se não der certo, faremos este filho de outro je