João bateu à porta e Céu não demorou a abri-la.
- Entre. — Disse ela- e foi correndo na direção da cozinha. Ele a seguiu com o embrulho que ela nem havia notado e o vinho na mão.
- Desculpe, fiquei com medo que a carne virasse carvão.
Nossa, pelo visto as chances deles terem que pedir comida eram grandes.
Ele caminhou em direção a ela e entregou o vinho.
- Olha, eu trouxe um vinho, eu não sei se você bebe, a gente não chegou a falar sobre isso. Bem, pensando agora, eu também não sei se você pode beber, se ainda está tomando algum remédio. Talvez tenha sido uma ideia ruim.
- Relaxa, ta tudo bem. Eu terminei o tratamento no hospital mesmo. E, eu bebo, sim, socialmente, mas com bastante frequência.
Ele achou graça no comentário e sorriu. Ela olhou para o embrulho que ele ainda carregava.
- Ah, e eu estava andando pelo centro, vi isso e achei a sua cara. É um presente pela repaginação da casa.
- Hum, muito obrigada. – Ela abriu o embrulho, e arregalou os olhos ao ver o quadro.
- Meu Deus!