Jaqueline

Levantei devagar, minha voz saiu firme.

– Eu não sou nenhuma prostituta pra me vender a um homem, seja por luxo ou promessas vazias. Sou apenas a assistente dele.

Thais riu com cinismo.

– Pra cima de mim, não. Mas tudo bem. Aproveite a oportunidade. Alexandre é um homem bem generoso. Enquanto durar, claro.

Fiquei parada por um instante, o coração aos pulos, os olhos queimando. Olhei para o Alexandre que parecia transtornado.

– Já chega, Thais! Alexandre ergueu a voz carregada de fúria. – Você vai respeitar a Jaqueline. Ela não tem nada a ver com o que aconteceu entre nós.

– Respeitar? Ela deu uma risada seca. – Você acha que ela ainda acredita nessas suas encenações

– As coisas não são da forma como você está colocando. E você sabe disso. Está magoada, eu entendo. Mas não tem o direito de expor e humilhar outra pessoa por causa disso.

O tom dele era protetor, mas isso já não me importava. Alguns olhares se voltaram em nossa direção. Pra mim era só incômodo e o gosto amargo d