Era já muito tarde, e poucos carros circulavam pela estrada.
Rafael sentiu um arrepio atravessar seu peito e um formigamento tomar conta do seu couro cabeludo ao perceber que algo estava errado.
Ele olhou para Sarah ao seu lado, que ainda estava irritada consigo mesma, com seus olhos expressivos e belos.
A ira que sentia se desvaneceu instantaneamente, dando lugar a um pânico intenso e a um arrependimento profundo.
Ele sabia que não deveria ter agido impulsivamente. Não deveria ter envolvido Sarah naquela situação. Davi tinha perdido completamente a razão!
Com os lábios apertados e uma calma forçada, Rafael virou o carro em direção ao subúrbio, sem reduzir a velocidade.
Sarah, olhando de soslaio para ele, perguntou:
— Há alguma loja de celulares no subúrbio? Está pensando em roubar um celular?
Rafael forçou um sorriso, mantendo a voz e o olhar sereno e respondeu:
— Não se preocupe, Sarah. Logo mais passaremos por um gramado. Abra a porta do seu carro e pule.
Sarah virou a cabeça