— Estou morta de fome! — comento sozinha passando pela porta principal com os ombros caídos e os olhos no chão.
— Onde você foi?
Sua voz ecoa no meio do saguão fazendo minha cabeça se levantar, deparando com a cena de um homem bem trajado e com uma prancheta na mão.
— Como você ousa sumir desse jeito depois do que fez?
"Odeio ficar com fome. Odeio mais ainda brigar quando estou com fome!"
— Matar uma pessoa é tão simples assim para você?
Fico parada. Parada como uma estátua apenas olhando para ele.
— Responde! — mandou. — Matar uma pessoa é tão simples assim para você, Mila?
— Não sei... — sou irônica, voltando a me mover. — Me diz você!
— Não foi eu que matei a governanta!
— Eu sei, mas morte é morte. O que eu fiz com ela, e o que você fez comigo não tem diferença alguma!
— Ai! — zombou escorado na parede do corredor ao lado, revelando sua presença. — Essa doeu!
"Ninguém merece esse cara agora!"
— Vou subir para o meu quarto! — digo passando pelo rei.
— Espera! — pediu cal