Rimena— Não, Saymon. Ficou louco? Eu não vou deixar que me beije assim. — O empurro quando ele tenta tirar a máscara para me beijar.Estamos no hotel. Recebi alta horas atrás. Saymon tinha colocado um filme para assistir, mas até agora não entendi nada porque ele está no modo tarado.Ah, sim, temos televisão em Estrela. Com programação do mundo humano. Nem tento pensar em como isso funciona.— Não vejo nada de mais. — Belisca minha perna. Estamos sentados lado a lado.— Porque é de menos mesmo. Menos dentes.— Então deixa eu te dar outro tipo de beijo. — Sua mão segue para minha boceta. — Esse pode?— Esse pode — respondo já antecipando a sensação. E eu lá resisto a esse homem? Jamais.Ele ajoelha na minha frente.— Sua safada gostosa. Abre as pernas para mim, abre.Apenas obedeço.E lá se vai mais uma calcinha. Eu devia ter tirado antes colocasse as mãos. Ele não sabe tirar, prefere rasgar.Agarro o sofá quando sua boca toca minha boceta.Saymon me faz gozar sem pressa, e quando vo
RimenaVou ao encontro do meu lobo com minhas amigas no meu encalço.Quando estou passando pelas mesas dos clientes um homem segura o meu braço. Acho que me confundiu com alguma das meninas.Nem vejo o momento em que Saymon sai do seu lugar. Quando me dou conta ele já está segurando o cara pelo pescoço. Os pés do homem não tocam mais o chão.— Nunca mais toque na minha mulher — seu rosnado assusta.— Foi um engano. Eu...— Cale-se, seu porco. Quero muito arrancar um pedaço da sua garganta agora.— Saymon, solta ele. — Peço e nada. Ele continua segurando o homem e o encarando.Ao nosso redor, várias pessoas olhando, inclusive minhas amigas e o senhor Mendonça.Suspiro e toco em suas costas devagar.— Saymon, por favor.Sinto os músculos relaxando e logo ele coloca o cara no chão.— Vamos embora — decreta e sai com passos apressados. Aceno para minhas amigas e o sigo com dificuldade. Ele é muito grande, cada passo seu são dois meus.Ele entra no carro e bate a porta. Totalmente diferen
SaymonQuando faltava poucas semanas para o nascimento do bebê, recebi uma mensagem do curandeiro dizendo que queria fazer o parto.Ele vem com uma senhora que é sua ajudante. Segundo ele, a mulher pode ajudar no parto e nos primeiros dias.Tive que aceitar, afinal eu não sei muito mais que Rimena referente a bebês. Ou seja, nós dois juntos não sabemos nada.O nome da mulher é Linda e ele confia nela.Dois dias após eles chegarem a casa já era um caos. Só se fala em bebês e tudo que envolve a criação de um filho.E aconteceu...É hoje. As dores indicam que em breve meu pequeno estará em nossos braços.Fico angustiado com a dor que Rimena sente. E irado por nenhum feitiço sumir com essa dor. Nem mesmo passá-la para mim. Não posso fazer porra nenhuma e isso me mata.As duas entraram no quarto com o curandeiro já faz mais de uma hora. Rimena não me deixou entrar por alguma bobagem que ouviu das mulheres da casa de Carmen sobre homens perderem o desejo pelas parceiras depois de ver o parto
Meses antesRainha Rita Habel— Majestade, precisa se alimentar.Todo ano perto do aniversário dela é assim, fico doente. A saudade do bebê que gerei e a morte levou antes que pudesse gerar pesa demais.Dessa vez é pior, passou o que seria seu aniversário de dezoito anos e ainda não me recuperei do impacto desse dia.— Não consigo. Eu sinto que vou enlouquecer. Meu coração nunca aceitou a morte do meu bebê. E agora começo a ouvir o nome dela pelo castelo. O que será de mim? Estou mesmo perdendo a sanidade?— Majestade...— Pode levar, Livi. É melhor um rei viúvo que um rei casado com uma louca.— Majestade, eu...— Me deixe. Quero dormir e nunca mais acordar. Empurro a mesinha com a comida. Livi esteve ao meu lado a vida toda, é mais que uma criada, é minha amiga. Tanto que já ofereci a ela que se aposente, mas ela preferiu continuar ao meu lado.— A sua filha está viva. — Ela solta de uma vez e cobre o rosto com as mãos.— O que disse? — meu corpo entra em alerta.— Era uma menina. O
SaymonEstou no quarto do meu filho, babando nele dormindo, quando sinto...Alguém está aqui.Rimena.Disparo em direção a porta.A minha morena continua lendo. Não notou a minha presença, menos ainda da mulher que vem em nossa direção como se o feitiço que tanto tive trabalho para fazer não valesse nada.Sei bem de quem se trata.Maldito poder do sangue materno.Sinto Rimena segurar minha mão. Finalmente notou a intrusa.— Saymon? — se levanta e se coloca atrás de mim, sem soltar minha mão. Está com medo.Odeio pensar que ela sequer se imagina revivendo o pesadelo que Diana causou. Eu tenho pesadelos toda noite com aquele maldito episódio.Agora estou aqui, não vou deixar ninguém machucá-la. Aperto sua mão para deixar isso claro.— O que faz aqui? — questiono a intrusa, que aponta para Rimena.— Estou procurando a minha filha.— Ela é minha mãe? — sussurra nas minhas costas.— Você saiu do ventre dela, o que não significa que seja sua mãe.Há lágrimas descendo pelos olhos da feiticei
RimenaNão suporto mais ficar nesse lugar à espera de alguém vir tentar nos matar.Sim, eu estou com o homem que amo, que agora tenho certeza que sente algo por mim, estou com meu filho e com a mãe que nunca esperei encontrar... Mas sinto que vou fazer meu filho crescer como eu, longe de pessoas, de descobertas. Eu quero vê-lo correndo com amigos, frequentando uma escola, quero que seja a criança que nunca fui, quero que tenha escolhas.— Não sou cozinheira, mas acho ovos negros uma especialidade muito rara. — É a voz da minha mãe.— Droga! — Olho para a panela e vejo a fumaça saindo dos ovos queimados.— Nem para isso eu presto.Nem sei porque tento, sou uma péssima cozinheira, Saymon que cuida da nossa alimentação.— Ainda dá tempo de sua mãe te ensinar a cozinhar. Eu sei algumas coisas.Coitada. Saymon tentou e o resultado foi desastroso todas as vezes. Pelo menos rendia muitas risadas, mãos bobas e beijos gostosos com vários sabores.— Estou me sentindo sufocada — confesso. — Esto
RimenaMe sinto mais leve depois da conversa que tive com Saymon ontem.Hoje ele saiu cedo com a minha mãe. Foram buscar Carmen, Lilica e Higor para conhecer nosso menino. Algo tipo uma festa. Ele sabe que estou surtando isolada novamente. Teve essa ideia ontem a noite e minha mãe aprovou, claro que depois de aumentar ainda mais a proteção da cabana com seus poderes de feiticeira.Nicolas está em um carrinho na sombra enquanto leio e espero as visitas.Algo me chama atenção no céu. Parece...— Uma bola de fogo?! — levanto assustada.Minha Estrela!Uma bola de fogo está se aproximando de nós, cada vez ficando maior e chegando mais perto.Ela vai destruir a cabana e muita coisa ao seu redor, isso incluir Nick e eu.Não posso deixar isso acontecer.Pego Nicolas no colo e começo a correr.No desespero, tropeço em uma pedra e meu coração sai do peito ao ver meu filho voando em direção ao chão.Nem percebo quando estendo a mão e crio uma bolha, cheia de bolhas menores dentro, com as quais o
SaymonSó queria fazer algo para animar Rimena. Esses dias tenho percebido que ela está revivendo o tempo em que vivia com o eunuco. Depois da nossa conversa no riacho acabei pensando nisso.Penso seriamente em quem vou levar comigo para realizar meu plano de animar minha mulher.Fazer algo por ela não devia incluir a presença do babaca do elfo. Sei que ele gosta dela, assim como sei o jeito como ele olha para ela. Parece estar pronto para o bote. Filho da puta!— Eu espero no carro. Não quero que as pessoas me vejam. — A rainha avisa quando paro na frente da casa da Carmen.Não respondo, apenas saio e fecho a porta. O vidro escuro vai impedir que curiosos fiquem de olho na rainha. Ainda me pergunto porque ela veio. Rainha inconveniente.Enquanto entro no local, me lembro do defunto que me traiu e tentou me manter longe de casa, quase causando a morte da minha mulher. Ele sumiu. O que não seria muita dificuldade para mim. A sorte dele é que tenho algumas prioridades, uma hora vai cheg