Márcio olhava para o Lorenzo, que já tinha bebido várias garrafas de uísque, e arrancou o copo de sua mão:
— Lorenzo, chega de beber... O mais importante agora é pensar numa maneira de recuperar a presidência.
Lorenzo abaixou os olhos, sua voz estava calma e lúcida:
— Não ser mais presidente não é tão ruim assim. Estou cansado, quero descansar um pouco.
Dessa vez, o que Lertino fez o fez enxergar mais claramente. Os laços de sangue, às vezes, não eram uma vantagem, mas uma corda no pescoço. Quanto mais ele lutava, mais apertada ficava.
— Você não pode desmoronar agora. Se você cair, o que vai ser de mim?
Márcio havia vindo para Cidade C justamente para se associar a Lorenzo e fazer a família Lemes crescer. Se o Grupo Marques trocasse de presidente, ele ficaria sozinho nessa batalha.
— Fica tranquilo. Abelo não vai mexer com o Grupo Lemes. Você só precisa continuar seguindo o seu plano de desenvolvimento.
Ao ouvir isso, Márcio ficou visivelmente incomodado:
— O que você quer dizer com i