Alana:
Os olhos de Amanda transmitiam a mais pura e genuína irritação.
— Está me chamando de gorda? — ela questionou.
— Eu? — perguntei com um sorriso, fingindo inocência — Jamais, apenas disse que você deve se preocupar mais com a balança, já que sempre adorou exibir o corpo como um troféu a ser conquistado.
Ela soltou os talheres sobre o prato e segurou a taça de vinho com força.
— Calma, querida! — minha mãe pediu a ela em um tom de voz baixo e aparentemente calmo — Não vamos estragar o reencontro da nossa família.
— Prove a polenta, filha! — meu pai sugeriu me servindo um pouco — Você adorava comer isso, lembra?
Enchi uma colherada e levei aos lábios, saboreando o sabor caseira tão familiar.
— O que achou? — ele perguntou ansioso.
— Maravilhoso! — respondi — Você sempre cozinhou muito bem, pai!
— Fico feliz que tenha gostado! — ele sorriu satisfeito.
Amanda:
Vivi dezessete anos a sombra daquela mosca morta. E quando eu finalmente achei que havia me livrado dela, aquela maldita cid