POV: AIRYS
Um choro frágil.
Infantil.
Meu corpo travou no mesmo instante. Os olhos se arregalaram. Senti um arrepio violento subir pelas costas.
— É... — tentei falar, mas minha garganta secou.
Daimon apertou minha mão.
Respirei fundo. Um. Dois. Três segundos. E então levei a mão à maçaneta, girando-a devagar até ouvir o clique.
A porta rangeu quando empurrei.
Entrei.
A cena diante de mim fez meus joelhos quase cederem.
Minha mãe estava ali. Jovem. Com o rosto marcado pelo desespero e os olhos vermelhos de tanto chorar. Ela me carregava no colo, envolta em um pano simples, me balançando com cuidado enquanto se escondia entre árvores densas e retorcidas. A respiração dela era ofegante