Capítulo 40 – O clamor

O meu ser clama em alto desespero

Que como águia voa e me olha de cima.

Fagulhas penetram minha mente e eu me pergunto:

Como se afogar na imensidão de águas negras?

Será que a mais nobre causa de minh’alma sofrer,

Se encontra aonde eu não posso tocar?

E se nas águas escondidas,

Eu me tornasse ninfa e lá vivesse para sempre?

Em meu espírito a dor oculta se revela

E como um parasita devora os meus dias,

Cavando a minha ida para o túmulo.

Partir ou viver?

A tão dolorosa partida de quem não mais pode sonhar

De quem sente os calafrios duros da morte

Os vermes estão à espera do banquete

O que vive em mim agora?

Se eu pudesse ultrapassar os obstáculos

Da minha jornada, a infeliz caminhada

Por onde eu me tornei uma escrava do medo...

Minha boca professa pala

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