O meu ser clama em alto desespero
Que como águia voa e me olha de cima.
Fagulhas penetram minha mente e eu me pergunto:
Como se afogar na imensidão de águas negras?
Será que a mais nobre causa de minh’alma sofrer,
Se encontra aonde eu não posso tocar?
E se nas águas escondidas,
Eu me tornasse ninfa e lá vivesse para sempre?
Em meu espírito a dor oculta se revela
E como um parasita devora os meus dias,
Cavando a minha ida para o túmulo.
Partir ou viver?
A tão dolorosa partida de quem não mais pode sonhar
De quem sente os calafrios duros da morte
Os vermes estão à espera do banquete
O que vive em mim agora?
Se eu pudesse ultrapassar os obstáculos
Da minha jornada, a infeliz caminhada
Por onde eu me tornei uma escrava do medo...
Minha boca professa pala