— Sua filha, não é?
Ela balançou a cabeça, deixando mais lágrimas descerem.
— Minha filha. – Passou a mão no rosto novamente. – Eu descobri estar grávida no mesmo dia em que ele me deixou. E três meses depois... eu a perdi.
Ele não se sentiu tão surpreso com aquelas palavras, já que havia desconfiado, mas ainda assim, sentiu seu peito apertar por imaginar a dor dela.
— Ela era tudo que eu tinha.
— Eu sinto muito.
— Ele me culpa. – Contou, chorosa. – Me culpa por ela ter... Me culpa pelo que houve. Como posso ser a culpada? Eu cuidei dela com todo meu amor, eu fiz tudo para que ela fosse saudável.
— Ele é um babaca. – Tocou o rosto dela, limpando as lágrimas que desciam. – Você não é culpada por nada. Tenho certeza de que fez tudo que pode por ela. E ele foi um canalha por te culpar pelo que aconteceu. Ele não tem direito algum, principalmente quando te abandonou, então não acredite nessas palavras. Nem por um segundo.
Mia tremeu e fungou e quando deu por si, estava abraçand