Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim, encostando-me nela por um instante. Meu coração ainda estava disparado, cada batida ecoando em meus ouvidos. Meu rosto queimava, minha respiração vinha curta e entrecortada.
“Por Deus, o que acabara de acontecer na cozinha era algo que jamais imaginei… mas, ao mesmo tempo, não conseguia parar de querer mais.”
O rosto de Matteo vinha à minha mente com clareza: seus olhos escuros me devorando, o jeito como ele se movia, como ele gemia baixinho contra minha pele, perdendo o controle.
Mordi os lábios, tentando aplacar o desejo que ainda vibrava em cada célula do meu corpo. Meu reflexo no espelho do quarto não ajudava: meu rosto corado e os cabelos bagunçados denunciavam tudo o que tínhamos acabado de fazer.
— Deus… — sussurrei para mim mesma, levando as mãos ao rosto. — Ainda faltam dois anos… será que vamos conseguir?
Dois anos.
Parecia uma eternidade. Como eu poderia resistir a ele quando o desejo nos consumia de forma tão intensa? O t