Quando Scarlett viu a foto, sua mente ficou completamente em branco. Ela tremeu ao ampliar a imagem com os dedos. Era só um perfil, mas ela tinha certeza absoluta. Aquele era o pai de Amelia. Ele tinha sido o motorista de seus pais. Mas ele não tinha morrido junto com eles no acidente? Então, por que ele ainda estava vivo? Naquele momento, Scarlett sentiu um frio percorrer todo o seu corpo. A sensação de que um enorme esquema estava prestes a engoli-la tomou conta dela. Sua mente estava um caos. Se o pai de Amelia estava vivo, então quem era o motorista que morreu naquele acidente? Por que ele fingiu estar morto e desapareceu por tanto tempo? Certamente havia um motivo sombrio por trás disso. — Scarlett, está tudo bem? Esse homem tem algo de errado? — Não é nada. Ela rapidamente ajustou sua expressão e perguntou: — O que ele e Amelia fizeram durante o encontro? — Eles ficaram juntos por apenas alguns minutos, depois se separaram apressadamente. Eles foram extremamente
Scarlett inclinou a cabeça, encostando o rosto na palma da mão dele: — Antes eu já chorei assim, tão dolorosamente? Ela tentou se lembrar, mas não conseguia recordar um momento em que tivesse chorado daquela forma. Henry apertou os lábios finos, e uma memória distante voltou à sua mente. No dia do acidente de carro, quando ele a salvou, Scarlett chorou desesperadamente. Ela queria se aproximar do carro em chamas, mas ele a impediu. Naquele momento, em meio ao desespero, ela o mordeu para tentar se soltar. Mas ela havia esquecido disso. A palma de sua mão começou a esquentar levemente enquanto ele a encarava, o olhar intenso fixo em seu rosto. Quando Henry se inclinou para mais perto, Scarlett se endireitou rapidamente e tossiu, tentando disfarçar: — Você ainda não almoçou, né? Estou com um pouco de fome. — Acho que também estou com fome. Ele segurou a mão dela com naturalidade, seu olhar carregado de algo que Scarlett não conseguiu decifrar. Scarlett olhou para as mão
Alexander segurou com força os cabelos de Amelia, sem demonstrar nenhuma compaixão. Amelia começou a chorar de dor, as lágrimas escorrendo pelo rosto: — Ontem eu estava toda machucada. Se eu fosse procurar Scarlett e os jornalistas me vissem, eles iriam inventar histórias. Por isso, achei melhor esperar minhas feridas melhorarem antes de ir. — Mentira. Você poderia ter ido ao hospital discretamente, sem chamar a atenção da mídia. Você simplesmente não quis ir. Você ainda quer nos colocar um contra o outro, né? Quanto mais Alexander falava, mais sua raiva aumentava. Ele levantou a mão e deu um tapa forte em Amelia. A dor fez Amelia ver estrelas. Ela mal conseguia se equilibrar e, sem alternativa, correu para se esconder atrás de Liam. Com uma expressão de vítima, ela disse: — Liam, eu realmente sei que errei. Eu prometo que vou procurar Scarlett, explicar tudo e conseguir o perdão dela. Mas Alexander não estava satisfeito. Ele puxou Amelia de volta e lhe deu um chute, joga
Amelia abaixou a cabeça em sinal de medo, mas seu olhar escurecido revelava outra coisa. Ela jamais sairia da família Miller sem lutar. Ela saiu do quarto mancando, mas assim que viu Aiden se aproximando, caiu no chão de propósito, fingindo estar fraca. Aiden, alarmado, correu para segurá-la nos braços: — O que aconteceu com você? Por que está tão machucada? Amelia balançou a cabeça com fraqueza: — Estou bem. Preciso ir agora mesmo pedir desculpas à Letty, explicar tudo o que aconteceu naquela época e garantir que Alexander seja perdoado. Assim que terminou de falar, Amelia fingiu desmaiar, embora não tivesse a menor intenção de pedir desculpas a Scarlett. Aiden imediatamente chamou um médico para cuidar de Amelia. Depois, ele entrou no quarto de Alexander e começou a questioná-lo: — Uma coisa é dar uma lição na Amy, mas precisava bater nela tão forte? Ela está com ossos quebrados! Alexander o encarou com frieza e respondeu: — Não vem com essa de bom moço, Aiden. On
O tom de Scarlett estava carregado de sarcasmo. Amelia rangeu os dentes de ódio. Ela jurou que, no dia em que tomasse posse de tudo o que a família Miller tinha, faria Scarlett desejar a morte, mas sem poder alcançá-la. Alexander, sem paciência, deu um tapa na cabeça de Amelia: — Está olhando o quê? Peça desculpas agora! Amelia segurou a dor e finalmente falou: — Letty, tudo o que aconteceu naquela época foi culpa minha. Eu fui a errada, disse coisas que não devia e fiz com que Alexander guardasse rancor de você por todos esses anos. Scarlett ouviu aquelas palavras e, por um momento, sentiu vontade de rir. Alexander então se virou para ela, com a voz um pouco áspera: — Você ouviu. Naquela época, eu só fiz o que fiz porque fui enganado por ela. Foi tudo um mal-entendido. — Ah. — Scarlett respondeu, com indiferença. — Terminou? Se terminou, vou embora. Ela se virou para sair, mas a voz de Alexander a interrompeu: — Scarlett, eu já disse que foi um mal-entendido. Não
Scarlett encontrou apenas algumas fotos íntimas de Amelia com Finnian no álbum criptografado do celular, mas nada além disso. Ela pensou por um momento e decidiu implantar um vírus no celular de Amelia para monitorar quem ela entraria em contato. Depois de desligar o computador, Scarlett concluiu que o pai de Amelia realmente era muito cauteloso, o que significava que lidar com ele seria uma tarefa difícil. Mas algo não fazia sentido. O pai de Amelia não era apenas um motorista vindo do interior? Como ele podia saber lidar com tecnologia tão avançada? Quanto mais Scarlett pensava, mais estranha a situação parecia. No entanto, sem nenhuma pista concreta, ela só podia esperar. Ela não acreditava que Amelia conseguiria suportar por muito tempo sem agir. Scarlett respirou fundo e, para desviar a atenção, decidiu ir ao jardim dos fundos observar as formigas carregando folhas. Depois de um tempo, uma mulher elegante passou por perto. Ela usava chapéu e máscara, como se estivesse
Scarlett não conseguia se acalmar sempre que pensava naquela foto. O pai de Amelia ainda estava vivo! O acidente de carro de anos atrás, com certeza, não era tão simples quanto parecia. Aiden, desconfiado, perguntou: — Scarlett, o que você quer dizer com isso? O pai da Amy, é claro, está morto. Naquela época, ele te salvou do carro e, quando voltou para tentar salvar nossos pais, o veículo explodiu e ele morreu junto com eles. — Se houve uma explosão, seria difícil reconhecer o rosto da pessoa. Você tem certeza de que quem morreu foi mesmo o pai de Amelia? — Claro que sim! Isso é inquestionável. Eu vi com meus próprios olhos o pai da Amelia dirigindo o carro naquele dia. Não pode estar errado. Scarlett franziu as sobrancelhas. Não podia estar errado? Mas o homem de meia-idade que ela viu na foto era, de fato, o pai de Amelia. Então, onde estava o erro? Scarlett falou com frieza: — E se o pai da Amelia não tiver morrido? — Isso é impossível, Scarlett. Você está inven
— Sim, eu vou subir daqui a pouco. Mas me diga, menina, como você se machucou? Isso não parece uma queda, parece mais que alguém te bateu. Amanda analisou Scarlett por um momento e percebeu que os machucados dela eram claramente resultado de agressão. Scarlett desviou o olhar, tentando disfarçar: — Não foi nada. — Você está sofrendo violência doméstica, não está? Pode me contar, viu? Você me ajudou agora há pouco, e eu vou te ajudar a resolver isso de uma vez por todas. Amanda, ao ver a expressão de Scarlett, concluiu automaticamente que ela era vítima de violência doméstica. — Olha, deixa eu te dizer uma coisa: homem nenhum pode ser mimado. Se ele ousar levantar a mão pra você, tem que revidar, entendeu? Não deixe barato. Scarlett não sabia se ria ou suspirava diante da situação: — Não é violência de namorado, mas é quase isso. Foi o meu irmão que fez isso. Amanda ficou indignada: — Seu irmão? Que tipo de homem faz uma coisa dessas? Se eu tivesse uma filha e meu fi