Capítulo 27 Theresa estava sentada no sofá, envolta em um roupão, Hector a observava da cozinha, onde preparava um chá. Vê-la tão quieta, tão distante, mesmo estando a apenas metros de distância, era uma tortura. Os olhos dela, normalmente tão vivos, estavam fixos na vista da cidade, distantes em pensamentos intrusivos. Ele se aproximou e colocou a chaleira de chá na mesa à sua frente, ajoelhando-se diante dela. Suas mãos, grandes e fortes, envolveram as dela, que estavam frias. — Você não pode ficar aqui! — a voz dele era suave, mas carregada de uma decisão inabalável. Theresa piscou, como se fosse acordada de um sonho. — Onde é que eu irei, Hector? Para casa do meu pai? Depois do que aconteceu, ele vai querer que eu fique, e eu... eu não conseguiria olhar para ele. — Não — ele concordou, seus polegares fazendo círculos suaves no dorso das suas mãos. — Não para casa do seu pai, mas comigo. Ela o fitou, confusa. — Com você? — Vamos fugir — ele disse, como se estives
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