Quando falei que levaria a Ana em casa, vi a tensão no corpo dela.Ela ficou nervosa na hora — e isso só me deixou ainda mais atento.Não vou facilitar pra ela.Serei profissional porque tenho que ser… mas isso não muda o fato de que eu a quero.E já nem sei se só uma ou duas vezes serão suficientes.— Não tem necessidade de me levar… — ela diz, desconfortável. — Posso pedir um carro pelo aplicativo.— Tem necessidade, sim. Eu te fiz ficar até tarde. Sempre que isso acontecer, vou te levar — respondo, sem dar espaço pra discussão. Saio da sala antes que ela invente outra desculpa.No elevador, ficamos em silêncio.No estacionamento, abro a porta para ela e ela entra calada.Peço o endereço, ela coloca, mas continua pensativa.Ótimo.Ligo o carro.Uma música romântica toca na rádio, deixando o clima ainda mais carregado.O trajeto é curto, mas parece longo demais.Quando paro diante do prédio, mantenho o carro ligado.Ela vira o rosto, levantando a sobrancelha, como quem pergunta com o
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