SierraToc toc toc...Ouço as batidas na porta, me tirando dos meus pensamentos de liberdade.Desde as cinco horas da manhã, estão de pé, na verdade, eu mal dormi a noite, tamanha era a minha ansiedade.Hoje, pela primeira vez, vou sair sozinha, sempre estive confinada nesse convento, minhas únicas companhias eram as Freitas e as outras garotas do orfanato, mesmo assim, ano após ano, eu via elas indo embora, sendo adotadas e partindo felizes com suas novas famílias.Isso nunca aconteceu comigo, a irmã Marta meio que me adotou quando me encontrou em uma cesta na porta do convento. Eu era apenas um bebê e ela se encantou por mim, como ela mesma costuma dizer, foi amor à primeira vista.E realmente ela foi uma mãe para mim, por isso, sempre que as famílias vinham, eu me escondia, não queria ficar longe da irmã Marta, ela era tudo de que precisava.Para mim só faltava uma coisa, liberdade. Eu queria ser como as outras crianças, poder sair, ir ao shopping, ao parque, sei lá, participar de
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