Liam se recostou levemente na cadeira, cruzando os braços com um ar calculado.— Eu? — perguntou, sem alterar a expressão, a voz firme. — Ciúme nunca combinou comigo, doutor. Eu gosto de ter o controle das coisas, mas não sou ciumento.Olívia quase riu, segurando o impulso de comentar.— Controle e ciúmes não são sinônimos? — disse em tom leve, como quem brinca, mas a pontada de ironia era perceptível.O médico observou os dois com interesse e respondeu antes que Liam pudesse retrucar.— Você sempre soube fingir bem, meu rapaz — disse com um sorriso experiente. — Mas quem te conhece de verdade sabe que o sangue sobe fácil quando o assunto te atinge.Liam não sorriu. Não precisou.Apenas sustentou o olhar, firme, o maxilar marcando uma linha rígida.— O senhor ainda me enxerga como o garoto de antes, doutor — respondeu, com educação contida, mas o desafio estava ali, nítido. — Eu cresci.Dr. Luiz soltou um riso baixo, balançando a cabeça.— Muda o homem, mas o instinto continua o mesmo
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