[Anos atrás] Dimitri POV – Essa é a sua nova casa, eu sou sua tia Hilda e aquele é o meu marido, tio de vocês. Aquela mulher estava tentando falar em grego conosco, mas parece que depois de tanto tempo morando na Inglaterra ela até mesmo se esqueceu de sua língua materna. A sorte era que eu e meu irmão, quando morávamos com o papai e a mamãe, tínhamos uma vida boa o suficiente para estudar em uma escola bilíngue. – Obrigado por nos receber, tia. Já comecei falando o inglês e ela deu um sorriso amarelo para mim e para Damon que estava escorado em minhas costas de mãos dadas comigo e tremendo como um filhotinho. – Sabe, eu sempre soube que aquela vagabunda da Isis nunca prestaria para ser mãe e esposa como eu, então parece que o destino fez tudo se acertar trazendo vocês para mim! Ouvimos tudo aquilo calados, como ouvimos muito mais depois. Apanhamos, fomos forçados a fazer coisas que não queríamos, tudo em nome da sobrevivência. [Dias atuais] Marie POV – Hm... Dimitri, espe

Narradora POVJá fazia uma semana inteira que Marie e os Abutres partiram para a missão deixando o resto da equipe para trás e o clima dentro do alojamento da equipe Omni era tão denso que podia ser cortado com faca.Todos entravam e saiam do quarto sem falar uma única palavra com o capitão, pois sabiam que ele estava compenetrado em trocar informações com Dexter sobre o que exatamente estava ocorrendo.Para o traidor, Ravi, disseram que Marie havia sido designada para outro tipo de trabalho com uma equipe auxiliar, e mesmo que ele estivesse suspeitando de algo, ele não faria nada com tantos olhos sobre si.De toda forma, Dexter não dava muitas notícias e Dimitri, se tivesse o poder de se teletransportar, já estaria socando a cara daquele asiático.E indevidamente interrompendo seus pensamentos, a voz conhecida soa ao abrir a porta do alojamento:- Niko, você não vem para a marcha matinal?Damon perguntou coçando a própr

[Anos atrás]Marie POVEu conseguia escutar meu próprio choro ressoando nas paredes da cozinha de casa enquanto fui colocada sentada sobre uma cadeira.Meu joelho doía tanto, eu só queria brincar mas acabei caindo e me machucando.O papai não me ajudou muito, apenas me disse para entrar e procurar minha mãe, e minha mãe me olhou com aquela cara feia de quando eu fazia algo de errado como sujar minhas roupas ou não saber resolver as continhas do dever de casa.– Pare de chorar. Olha o tamanho disso, nem está doendo tanto assim!Ela disse aplicando o remédio e eu chorei mais alto sem conseguir me controlar.Estava ardendo bastante, mas se a mamãe disse que eu não devo chorar é porque ela tem razão. Eu era grande já, uma menina de cinco anos não podia chorar.Mamãe tinha razão. [Dias atuais]Aperto meus olhos com a claridade. Estava dormindo? Não percebi que tinha caído no sono até acordar c

Marie POV– Dimitri, isso é loucura... estamos em desvantagem nessa!Andando atrás dele e entrando em nosso dormitório novamente eu vi ele andar apressado de um lado para o outro como se seus pensamentos estivessem rápidos demais para serem organizados sentado.– Você ouviu Damon, Kappel. Não é hora de hesitar.Mordeu a cicatriz em seu lábio e eu percebi que ele já estava fazendo daquilo uma mania, então segurei ele pelos antebraços fazendo ele me encarar.– E o que você acha? Que o Khalil vai ficar parado no meio do comício apenas esperando a gente estourar a cabeça dele?!Com as sobrancelhas suspensas e olhando bem dentro de seus olhos eu perguntei tentando trazer um pouco mais de racionalidade para aquela conversa, mas ele fez uma careta dolorida, como se cada segundo estivesse sendo desperdiçado agora.– Não, mas não podemos ir e não fazer nada! Carlo está morrendo por causa deles, Rose!Ele estava extremamente inseguro, como se o controle de toda a situação estivesse escorrendo p

Narradora POV[Anos atrás]– Damon, você me odeia?O pequeno Dimitri perguntou enquanto desenhava coisas aleatórias em seu caderninho e seu irmão que brincava com bloquinhos de montar ergueu os olhos confuso.– Odiar? Por que eu iria te odiar, Niko?Perguntou sem entender onde seu irmão queria chegar com aquela história. Já Dimitri parou o que estava fazendo e se ajoelhou no chão, perto de onde Damon estava sentado brincando.– Eu matei o papai. Você deveria me odiar.Disse o menino com os olhos cheios de lágrimas se lembrando da maneira como partiu para cima do próprio pai ao vê-lo agredindo seu irmão. Os olhos de Damon se arregalaram e ele negou várias e várias vezes abraçando seu gêmeo. – Você não matou ele, e se tivesse eu não te odiaria mesmo assim!Disse o mais novo tentando soar convincente mas estava quase chorando junto com o irmão. – Por quê?Dimitri tentava