Ela ficou irritada, visivelmente nervosa, mas mesmo assim seguiu seus passos para dentro. Não demorou muito para uma senhora muito elegante descer lentamente a escadaria de mármore. O vestido impecável, os saltos batendo com autoridade a cada degrau. Ela abriu os braços para abraçar Lia, mas a garota recuou. LIA: Oi, Flávia. FLÁVIA: Mãe... M-A-E. Qual é o problema em me chamar de mãe? A tensão cortava o ar. Lia já havia me contado: Flávia não era sua mãe biológica, mas sim sua tia. A mesma que roubou o marido da própria irmã. A verdadeira mãe, tomada pelo desgosto, acabou falecendo. Desde então, Lia a tratava com frieza. LIA: Onde está meu pai? Preciso falar com ele… é uma notícia importante. Antes que Flávia respondesse, uma voz grave ecoou pela sala, firme e autoritária. MAURO: Que notícia é essa, Lia? E por que você está nesse estado? Os olhos da garota se arregalaram e, ao ver o homem grisalho que descia as escadas, ela correu em sua direção. O abraço foi imediato, desespe
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